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Frota oficial vai usar combustível reprocessado
DA SUCURSAL DO RIO
Com o objetivo de combater a fraude de combustíveis,
o Estado de São Paulo editou
uma lei inédita no país que
determina que todo o produto adulterado ou alvo de sonegação apreendido seja
confiscado e revertido para
uso do próprio Estado.
Depois de reprocessado e
novamente dentro das especificações exigidas pela ANP,
o produto será utilizado pela
frota de veículos do Estado,
como carros da PM, ambulâncias, bombeiros etc.
A iniciativa é vista pelo setor como desestímulo à fraude. Isso porque, pelas regras
da ANP, todo o produto que
hoje é apreendido tem de ser
devolvido à empresa fraudadora. A distribuidora reprocessa o combustível e o vende novamente dentro das especificações. Ou seja, não há
punição -apenas multas.
Segundo Alísio Vaz, vice-presidente do Sindicom, a
nova lei deve contribuir para
a redução do mercado informal de distribuição de combustíveis, que já cedeu no
ano passado com várias
ações de repressão da ANP e
dos governos estadual e municipal de São Paulo. "Quem
for pego fraudando, simplesmente perdeu. Achamos que
[a lei] é um grande desestímulo às fraudes", diz.
As distribuidoras filiadas
ao Sindicom se ofereceram
para reprocessar o combustível sem custo para o Estado, mas o acordo ainda não
foi firmado.
Batizada de Lei de Perdimento (nº 12.675/07), a nova
norma já foi sancionada pelo
governador José Serra, de
acordo com o Sindicom. Falta apenas a edição de um decreto para definir a abrangência da lei. A expectativa
do setor é que entre em vigor
em dois meses, no máximo.
O Estado de São Paulo
também editou uma lei que
presume que todo o solvente
comercializado seria destinado à adulteração. Desse
modo, as empresas infratoras ficam sujeitas a pagar a
alíquota do ICMS da gasolina, que é maior.
A repressão em São Paulo
aumentou. Foram fechados
196 postos supostamente envolvidos em adulteração, e
50 distribuidoras não obtiveram o recadastramento.
(PS)
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