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Opep decide não elevar produção de petróleo
DA REDAÇÃO
A Opep (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo) anunciou que não aumentará a sua produção de petróleo, em uma decisão já aguardada pelo mercado. A medida, tomada ontem após reunião nos
Emirados Árabes Unidos, foi
interpretada como um sinal de
que o cartel está preocupado
com uma possível desaceleração da economia dos Estados
Unidos no ano que vem.
Caso os EUA, a principal economia mundial, entrem em recessão, o consumo de combustíveis deverá diminuir, o que
reduzirá os preços do barril.
O encontro do cartel, responsável por cerca de 40% da produção mundial, foi anunciado
em um momento em que o petróleo se aproximava da marca
histórica de US$ 100. Na segunda-feira da semana passada, ele
chegou a valer US$ 99,11, mas
desde então vem recuando e
ainda na última semana ficou
abaixo de US$ 90 -pela primeira vez desde outubro.
Ontem, logo após o anúncio,
o preço voltou a subir, mas recuou durante o dia. Em Nova
York, o barril fechou o dia cotado a US$ 87,49, queda de 0,94%
em relação ao dia anterior. A
desvalorização em Londres foi
de 1,16%, com o produto valendo US$ 88,49 no fim do pregão.
"O mercado está dividido entre aqueles que vêem aperto
nos estoques e aqueles que estão preocupados com a fraqueza econômica que pode levar a
uma desaceleração na demanda", disse Mike Fitzpatrick, vice-presidente da MF Global.
Os ministros da Opep disseram que decidiram não aumentar a produção porque os dados
mostram que há estoques suficientes para manter os consumidores bem abastecidos durante o inverno no hemisfério
Norte. Ainda assim, eles afirmaram que se reunirão novamente em fevereiro para reavaliar a medida.
Vários países, especialmente
os Estados Unidos, vinham
pressionando o cartel para que
elevasse a produção, em uma
tentativa de diminuir o preço
do petróleo. A Arábia Saudita,
tradicional aliado americano,
chegou a apoiar a idéia, mas depois recuou. A cotação média
do petróleo está acima de US$
70 neste ano, ante US$ 66 em
2006 e US$ 31 em 2003. A expectativa é que, em 2008, os
preços sejam ainda mais altos.
Com agências internacionais
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