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TELEFONIA
Reajuste deverá entrar em vigor na quarta-feira, segundo a Anatel
Ligação de fixo para celular sobe 7%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As tarifas cobradas nas ligações
de telefones fixos para celulares
vão aumentar 6,99%. O reajuste
entra em vigor depois que as empresas anunciarem as novas tarifas nos jornais de grande circulação durante dois dias. A previsão
da Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) é que isso deverá acontecer na quarta-feira.
De acordo com cálculos feitos
pelo Ministério da Fazenda e divulgados pela Anatel, o impacto
desse reajuste no IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo)
será de 0,05 ponto percentual.
O índice foi menor do que o pedido pelas empresas. As operadoras queriam a aplicação do IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna, indicador
previsto nos contratos) integral.
Nos 12 meses anteriores ao reajuste, o IGP-DI acumulado foi de
7,67%. A Anatel, no entanto, decidiu reduzir o percentual aplicando um redutor de produtividade.
Ou seja, a agência negociou com
as empresas e repassou para o
consumidor, por meio de reajustes menores, ganhos que as operadoras tiveram ao longo do ano.
O presidente da Anatel, Pedro
Jaime Ziller, elogiou o valor.
"Acho que foi uma boa negociação e um bom resultado para o
povo brasileiro", afirmou.
Ziller negou que, durante o processo de cálculo do percentual de
aumento, tenha havido divergência entre o Ministério da Fazenda
e a agência, ou que o ministério tivesse interferido no processo.
"A Fazenda foi notificada desse
reajuste hoje [ontem], porque todo o processo de negociação foi
feito entre a Anatel e as empresas", afirmou Ziller.
Ontem a Folha publicou que a
Anatel defendia um aumento acima de 7% para as ligações de telefone fixo para móvel, mas que o
Ministério da Fazenda queria que
o reajuste ficasse na casa dos 6%,
com medo de impacto nos indicadores de inflação.
Também foi reajustada a tarifa
cobrada para ligações entre telefones celulares. O percentual foi o
mesmo usado para a telefonia fixa: 6,99%. Esse aumento, no entanto, não deverá afetar os consumidores por duas razões: só é
aplicável ao plano básico das empresas de celular e é um teto que a
concorrência entre as operadoras
impede, na maioria dos casos, que
seja aplicado.
Atualmente, apenas 920 mil
usuários de celular utilizam os
planos básicos das operadoras, o
que equivale a aproximadamente
2% do total de usuários desse tipo
de telefone.
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