São Paulo, sábado, 07 de fevereiro de 2004

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BOCA RATON

Comunicado conjunto divide os países ricos

Antagonismo entre americanos e europeus marca a reunião do G7

DA REDAÇÃO

As mais elevadas autoridades econômicas do G7 (os sete países mais ricos do planeta) iniciaram ontem o seu encontro semestral sob um clima de profundo antagonismo. As duas principais questões, relacionadas entre si, são o enfraquecimento do dólar e os elevados déficits dos EUA, nas contas internas e externas.
O encontro de inverno dos ministros das pastas econômicas do G7 ocorre neste ano no luxuoso resort de Boca Raton, na Gold Coast da Flórida (EUA). A cúpula termina hoje, com a divulgação de um aguardado comunicado.
A redação do comunicado representa justamente o foco central da dissensão. A delegação norte-americana, encabeçada pelo secretário do Tesouro, John Snow, e pelo presidente do Federal Reserve (banco central), Alan Greenspan, manteve vários encontros paralelos para tentar contornar os pontos de conflito.
Os europeus, preocupados com a escalada do euro, querem que seja dada uma mensagem de que não será tolerada uma volatilidade cambial excessiva. Os EUA, pouco preocupados com a depreciação do dólar, defendem um texto mais genérico.
O euro mais caro reduz a competitividade das exportações dos países da zona do euro. Para ministros do bloco, uma cotação acima de US$ 1,30 teria sérios impactos na recuperação econômica. Ontem a moeda valia US$ 1,25.
Para os americanos, a fragilização do dólar chega em boa hora. O país precisa conter o seu enorme déficit comercial, superior a US$ 50 bilhões ao mês. O dólar mais barato estimula exportações e contém importações.


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