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BOCA RATON
Comunicado conjunto divide os países ricos
Antagonismo entre americanos e europeus marca a reunião do G7
DA REDAÇÃO
As mais elevadas autoridades
econômicas do G7 (os sete países
mais ricos do planeta) iniciaram
ontem o seu encontro semestral
sob um clima de profundo antagonismo. As duas principais
questões, relacionadas entre si,
são o enfraquecimento do dólar e
os elevados déficits dos EUA, nas
contas internas e externas.
O encontro de inverno dos ministros das pastas econômicas do
G7 ocorre neste ano no luxuoso
resort de Boca Raton, na Gold
Coast da Flórida (EUA). A cúpula
termina hoje, com a divulgação
de um aguardado comunicado.
A redação do comunicado representa justamente o foco central da dissensão. A delegação
norte-americana, encabeçada pelo secretário do Tesouro, John
Snow, e pelo presidente do Federal Reserve (banco central), Alan
Greenspan, manteve vários encontros paralelos para tentar contornar os pontos de conflito.
Os europeus, preocupados com
a escalada do euro, querem que
seja dada uma mensagem de que
não será tolerada uma volatilidade cambial excessiva. Os EUA,
pouco preocupados com a depreciação do dólar, defendem um
texto mais genérico.
O euro mais caro reduz a competitividade das exportações dos
países da zona do euro. Para ministros do bloco, uma cotação acima de US$ 1,30 teria sérios impactos na recuperação econômica.
Ontem a moeda valia US$ 1,25.
Para os americanos, a fragilização do dólar chega em boa hora.
O país precisa conter o seu enorme déficit comercial, superior a
US$ 50 bilhões ao mês. O dólar
mais barato estimula exportações
e contém importações.
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