|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comércio prevê 1º trimestre fraco
FÁTIMA FERNANDES
da Reportagem Local
O desemprego, a inadimplência
e as altas taxas de juros devem levar o comércio a registrar um primeiro trimestre fraco.
Oiram Corrêa, economista da
Federação do Comércio do Estado
de São Paulo (FCESP), diz que as
previsões não são otimistas, pois,
além desses fatores, o consumidor
também vai pagar mais impostos.
"As promoções é que devem
provocar algum movimento nas
lojas", diz Corrêa. É por isso que a
Alshop, associação que reúne lojistas de shoppings, decidiu investir pela segunda vez na campanha
"Liquida São Paulo", que acontece de 28 de fevereiro a 15 de março.
"Alguma empresas continuam
estocadas. A campanha vai ajudar
a desovar as mercadorias, pois os
descontos dos produtos devem
chegar a 70%", diz Nabil Sahyoun,
presidente da Alshop.
Segundo ele, cerca de 14,5 mil lojistas já decidiram participar do
evento, que vai contar com a participação de redes do ABC.
As vendas neste mês, diz ele, estão muito fracas. Corrêa lembra
que as promoções já funcionam
como chamariz de venda quase
continuamente. "Mas as lojas
acabam lançando um fato novo,
como as megaliquidações, para
movimentar a venda."
A Lojas Bernasconi informa que
as vendas em janeiro foram 30%
menores do que as de igual mês do
ano passado. Neste mês, o consumo continua no mesmo ritmo.
Victorio Bernasconi, diretor, diz
que esperava para fevereiro um
período de venda mais fraco, pois
as financeiras estão bem mais cautelosas para liberar o crédito.
O prazo de financiamento preferido pelo cliente, conta ele, caiu de
16 meses para 4 meses, o que já
funciona como um inibidor da demanda.
A Lojas Cem espera faturar neste
mês o mesmo que em fevereiro de
1997, o que significa venda 20%
menor do que a de janeiro. "Fevereiro é o pior mês do ano", diz
Giacomo Dalla Vecchia, diretor.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|