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Mudança no acordo com FMI é descartada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O acordo do Brasil com o FMI
continuará a estipular cláusulas
que balizam a política econômica
do governo, como a privatização
de bancos estaduais federalizados
e o empenho pela aprovação, no
Congresso, de mandatos fixos para os dirigentes do Banco Central.
As informações, dadas ontem
pelo ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), relativizam a tese
de que o acordo se tornaria mais
"enxuto" -chegou a ser divulgado que o documento se limitaria a
metas e a limites quantitativos para indicadores como o resultado
fiscal, a inflação e o volume das reservas em dólar do BC.
A única alteração importante citada por Palocci em relação aos
termos negociados em 2002 diz
respeito a questões tributárias.
A equipe econômica pediu a retirada do acordo de normas que
previam, para o início deste ano,
definições a respeito da CPMF e
da DRU (Desvinculação das Receitas da União, que permite ao
governo gastar livremente 20% da
arrecadação de impostos).
As duas se esgotam a partir de
2004: a CPMF, que arrecada R$ 24
bilhões anuais, cairá de 0,38% para 0,08%, e a DRU será extinta.
Outra mudança no acordo independe da Fazenda: o limite de
9,5% para a inflação no período
de 12 meses até setembro é irrealista; o próprio BC já prevê 14%
para o IPCA do período.
A privatização dos bancos estaduais federalizados (os do Ceará,
do Piauí, do Maranhão e de Santa
Catarina) seguirá, diz Palocci.
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