São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2004
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Opção pelo trigo Estimativa do diretor de uma cooperativa do Paraná: a área com o plantio de trigo deverá crescer 15% nesta safra em relação à anterior. Os produtores já não conseguem mais algumas variedades de sementes, diz ele. Bons preços Na análise desse diretor, os produtores vêem bons resultados no trigo. Uma produtividade média de 80 sacas por alqueire pode dar aos produtores lucro de pelo menos 30 sacas. O preço atual da saca é de R$ 25 no Paraná. Se for mantido o rendimento do ano passado, quando alguns produtores chegaram a colher 130 sacas, a renda será bastante compensadora, diz ele. Chuvas irregulares As chuvas ocorridas nos últimos dias foram irregulares no Estado do Paraná, segundo levantamento do Deral. Nas regiões que ocorreram, beneficiaram o desenvolvimento do milho safrinha. Receita maior O Brasil exportou 18,8 milhões de sacas de café de junho de 2003 a março deste ano, segundo o Cecafé. Esse volume mostra queda de 20,1% em relação ao do mesmo período anterior. A melhora dos preços internacionais garantiu, no entanto, receita de US$ 1,23 bilhão, 2,4% a mais do que no mesmo período anterior. Estoques menores Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé, diz que o aumento de receita se deve às expectativas do mercado de uma menor disponibilidade de café, devido à quebra de safra. Essa oferta menor está levando à recuperação dos preços do produto. Fundo do poço As vendas menores de carne de frango no período da Semana Santa derrubaram ainda mais os preços da ave no Estado de São Paulo. As negociações eram feitas ontem a R$ 1,10 por quilo da ave viva, preço que não era registrado desde agosto de 2002. Abaixo dos custos Em março, o preço de venda do frango ficou abaixo dos custos de produção. O analista José Carlos Teixeira mostra que os paulistas venderam o quilo de frango a R$ 1,27 em março, mas gastaram R$ 1,45 na produção. O preço de venda no mês passado foi 14% inferior ao de março de 2003. Mais alimentos A produção mundial de grãos deve subir para 2,13 bilhões de toneladas neste ano, segundo dados da FAO. Esse volume mostrará crescimento de 2% sobre o anterior. Os destaques de crescimento ficam por conta de trigo e arroz. Briga de grande O Japão continua jogando pesado com os EUA e não aceita a carne bovina norte-americana, a menos que seja feito teste para detectar a doença da vaca louca em 100% do produto. Os norte-americanos pedem a intervenção da OIE (que regulariza a saúde animal). Estão sentindo na pele o efeito das barreiras que impõem aos produtos de outros países. Redução A gigante Tyson Foods reduzirá o processamento de carne bovina em várias de suas plantas. Demanda interna fraca e exportação em queda forçaram a redução. E-mail: mzafalon@ folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Mercado espera emissão soberana do Brasil Próximo Texto: Energia: Furnas vai investir R$ 1 bilhão neste ano Índice |
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