São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2008

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Ações tiveram forte queda em recessões desde 70

DA REPORTAGEM LOCAL
DA EQUIPE DE EDITORIALISTAS

As recessões da década de 1970 e de 2001 foram marcadas por graves quedas no mercado de ações nos EUA. Investidores acreditaram que a recessão não se concretizaria, que o valor dos ativos era justificado e que os preços seguiriam em alta. Veja os principais efeitos:

dez.1969 - nov.1970
Os Estados Unidos elevam as taxas de juros para conter a inflação e a saída de dólar do país. O ataque especulativo contra o dólar é contido.

nov.1973 - mar.1975
Considerada a pior recessão desde a Segunda Guerra (1939-45). Há uma crise do sistema monetário internacional -ruptura do Acordo de Bretton Woods; início do regime de taxas de câmbio flutuantes entre as principais potências econômicas (EUA, Alemanha, França, Reino Unido, Japão, entre outras), seguido do primeiro choque do petróleo (formação do cartel da Opep, de países produtores de petróleo). O petróleo sobe de US$ 3 para US$ 12 no início de 1974.

jan.1980 - nov.1980
Choque de juros nos EUA e segundo choque do petróleo. O preço do barril salta de US$ 13 para US$ 34. A taxa de juros de curto prazo é brutalmente elevada. O PIB dos EUA no segundo trimestre cai 10%.

jul.1981 - nov.1982
Agravamento da crise dos países em desenvolvimento. Começa com a moratória da Polônia (1981), contaminando bancos europeus, principalmente alemães. Moratória do México,em setembro de 1982, e do Brasil, em novembro.

jul.1990 - mar.1991
Crise do sistema de poupança e empréstimos. O governo cria a Resolution Trust Corporations (RTC) para liquidar 600 instituições insolventes do mercado imobiliário.

mar.2001 - nov.2001
Explode bolha das ações de tecnologia, desvalorização das empresas do setor e queda de lucros corporativos. Revelação de fraude contábil em empresas como a Enron. O desemprego sobe, mas o efeito no crescimento é relativamente leve. Ações têm queda forte e longa.


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