São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Em busca de armazéns Alguns moinhos estão à procura de armazéns no norte do Paraná. Esses estabelecimentos serviriam de suporte para a compra de trigo diretamente dos produtores. Haveria duplo benefício aos moinhos: cortariam custos intermediários e pagariam os produtores aos poucos, já que eles não vendem o produto de uma só vez. Bom momento As chuvas voltaram ao Paraná e as perspectivas para o trigo e o milho são boas. Choveu forte nos últimos dias, o que está permitindo o plantio do trigo e o desenvolvimento das plantas que já estão germinando. As estimativas são de boa safra neste ano, o que já tinha ocorrido no ano passado. Desgraça dupla Os produtores de soja do Paraná foram vítimas de um longo período de clima seco durante o desenvolvimento da planta, o que acarretou queda na produtividade. Os que estão com a colheita atrasada agora têm um novo problema: excesso de chuva, que deverá diminuir a qualidade dos grãos. A volta O Vietnã, que há algumas semanas se declarou livre da gripe aviária, já admite que a doença voltou em algumas regiões do país. Os animais estão sendo eliminados para evitar nova epidemia. Dia de queda Chicago e Nova York fecharam os mercados de commodities com várias quedas. Em Chicago, as lideranças ficaram para óleo de soja (2,4%) e milho (2,7%). Já na Nybot, o suco liderou as quedas, ao recuar 2,7%. O café teve redução de 1,5%. Discordância do governo Associação Brasileira da Cadeia Produtiva do Arroz discorda dos números do governo. Conab e IBGE estimam safra próxima de 12,8 milhões de toneladas. Nas contas da Abrarroz, a produção deste ano fica entre 11,5 milhões e 12 milhões de toneladas. Preços aquecidos Nos cálculos da Abrarroz, o consumo nacional é de 12,5 milhões de toneladas, volume que deverá ser complementado com produto vindo do Mercosul. Segundo a associação, indústria e varejo não conseguirão importar arroz neste ano devido ao alto preço dos fretes e do produto nos EUA e na Ásia. Em busca do recorde As exportações de carne bovina "in natura" renderam US$ 1,3 bilhão nos últimos 12 meses, com evolução de 56% em relação ao mesmo período anterior. Já as industrializadas renderam US$ 380 milhões, com crescimento de 20%, segundo dados da Abiec. O caminho da carne O Chile se mantém na liderança das importações de carnes "in natura". Os chilenos deixaram no Brasil US$ 176,6 milhões nos últimos 12 meses, 46% a mais do que no período anterior. O Egito já assume o terceiro lugar, com US$ 124 milhões. Israel, com US$ 39 milhões, foi o líder em crescimento percentual: 118%. Vencendo barreiras Para a Abiec, o Brasil enfrenta dois desafios: dificuldades de movimentação -devido à falta de contêineres- e forte elevação dos custos dos fretes marítimos. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Aplicações: Investidor deve avaliar seu risco Próximo Texto: Aposentados: Crédito judicial pode pagar débito do INSS Índice |
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