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AMBEV-INTERBREW
Acordo entre cervejarias vazou, diz CVM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Luiz
Cantidiano, afirmou ontem que
"houve vazamento de informações" durante a negociação que
resultou na associação das cervejarias AmBev e Interbrew.
Segundo ele, pelo menos cem
pessoas estavam envolvidas na
operação em vários países, como
México, Brasil e Estados Unidos.
As declarações foram dadas em
audiência pública na Comissão de
Defesa do Consumidor da Câmara para discutir o vazamento de
informações.
Cantidiano disse que a AmBev
anunciou em 3 de março a intenção de fazer a operação. Nos últimos dias de fevereiro, no entanto,
já havia rumores no mercado sobre a associação, que foi noticiada
pelos jornais no dia 1º de março.
"Mas não podemos afirmar se
houve uso de informação privilegiada", declarou aos deputados. A
CVM investiga o caso a pedido da
Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que
está entre os acionistas minoritários da AmBev.
De acordo com a entidade, a
operação foi informada ao mercado de forma equivocada, o que
resultou em um prejuízo potencial da ordem de R$ 700 milhões
para o fundo. A AmBev rebate as
acusações da Previ, embora tenha
relatado à CVM o possível vazamento de informações.
O acordo entre a AmBev e a Interbrew cria a maior fabricante de
cerveja do mundo, à frente da
americana Anheuser-Busch. O
valor do negócio é estimado em
US$ 11,5 bilhões. O acerto incluiu
a compra de 52,8% do capital votante da AmBev pelos belgas. A
AmBev, no entanto, nega ter sido
vendida -o controle da empresa
seria compartilhado.
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