São Paulo, Sexta-feira, 07 de Maio de 1999
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Ajuste do FMI está difícil na Argentina

de Buenos Aires

A Argentina está enfrentando dificuldades para conseguir promover o ajuste fiscal combinado com o Fundo Monetário Internacional.
Nesta semana, o Senado inclui gastos no orçamento de 99 que somam cerca de US$ 670 milhões, segundo o Ministério da Economia. A medida reverte alguns cortes efetuados pelo Executivo.
Segundo Carlos Korcaz, vice-presidente da empresa de consultoria Cima, os técnicos do governo têm dificuldades, pois este é um ano de eleições presidenciais.
"Nesses períodos, os argumentos políticos, baseados nas demandas sociais, têm mais peso do que as necessidades técnicas."
A ministra da Educação, Susana Decibe, está no centro da polêmica. Decibe ameaçou se demitir, caso o governo insista em cortar as verbas para a educação em US$ 280 milhões, cerca de 10% do orçamento original.
O ajuste faz parte de um programa anunciado na semana passada pelo Ministério da Economia, no qual estava prevista redução de US$ 1,48 bilhão no orçamento do governo e aumento de gastos de US$ 778,5 milhões. Desse total, US$ 535 milhões incrementaram o pagamento de juros da dívida.
A Argentina se comprometeu com o FMI a efetuar corte entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, como parte de um programa de controle do déficit fiscal.
Com a decisão do Senado de não acatar os cortes, especula-se que o governo tentará aprovar o aumento do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) das empresas de seguro saúde para 21% . (AS)




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