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Ajuste do FMI está difícil na Argentina
de Buenos Aires
A Argentina está enfrentando dificuldades para conseguir promover o ajuste fiscal combinado com
o Fundo Monetário Internacional.
Nesta semana, o Senado inclui
gastos no orçamento de 99 que somam cerca de US$ 670 milhões, segundo o Ministério da Economia.
A medida reverte alguns cortes
efetuados pelo Executivo.
Segundo Carlos Korcaz, vice-presidente da empresa de consultoria Cima, os técnicos do governo
têm dificuldades, pois este é um
ano de eleições presidenciais.
"Nesses períodos, os argumentos
políticos, baseados nas demandas
sociais, têm mais peso do que as
necessidades técnicas."
A ministra da Educação, Susana
Decibe, está no centro da polêmica. Decibe ameaçou se demitir, caso o governo insista em cortar as
verbas para a educação em US$
280 milhões, cerca de 10% do orçamento original.
O ajuste faz parte de um programa anunciado na semana passada
pelo Ministério da Economia, no
qual estava prevista redução de
US$ 1,48 bilhão no orçamento do
governo e aumento de gastos de
US$ 778,5 milhões. Desse total,
US$ 535 milhões incrementaram o
pagamento de juros da dívida.
A Argentina se comprometeu
com o FMI a efetuar corte entre
US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, como parte de um programa de controle do déficit fiscal.
Com a decisão do Senado de não
acatar os cortes, especula-se que o
governo tentará aprovar o aumento do IVA (Imposto sobre Valor
Agregado) das empresas de seguro
saúde para 21% .
(AS)
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