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Lavagna avisa
que negociará
dívida sem FMI
DE BUENOS AIRES
Diante da demora do FMI
(Fundo Monetário Internacional) em liberar a próxima parcela do último empréstimo assinado com a Argentina, o governo do país vizinho começou
a insinuar que pode continuar
renegociando a dívida em moratória sem a ajuda do organismo internacional de crédito.
"Se mantivermos a confiança, a falta de acordo com o FMI
não será traumática e poderemos seguir a reestruturação da
dívida", disse o ministro da
Economia, Roberto Lavagna.
Desde junho a Argentina
aguarda a liberação de US$ 728
milhões, parte do empréstimo
de US$ 13,8 bilhões assinado
com o FMI em setembro do
ano passado. Como o país não
cumpriu todos os requisitos
impostos pelo fundo, o organismo de crédito está adiando a
aprovação da terceira revisão
do empréstimo.
O dinheiro que a Argentina
recebe do FMI é usado para pagar juros do que o país deve ao
próprio fundo. A Argentina deve cerca de US$ 31 bilhões aos
organismos multilaterais (FMI,
Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento). Está dívida não está em
moratória e o governo continua pagando os juros. A dívida
que a Argentina deixou de pagar em dezembro de 2001 refere-se ao que deve a credores
privados e soma mais de US$
100 bilhões.
A estratégia do ministério é
continuar buscando adesão no
mercado para a proposta de
pagamento da dívida a credores privados feita em junho,
que prevê um desconto de 75%
do valor nominal da dívida.
O problema é que o governo
não esclareceu como pretende
pagar as próximas parcelas de
juros que deve ao fundo. Em
agosto o valor do desembolso
será de US$ 433 milhões e em
setembro, US$ 877 milhões.
(CD)
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