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ARGENTINA
Embaixador da França ataca governo Kirchner
MAELI PRADO
DE BUENOS AIRES
Uma declaração da diplomacia
francesa a respeito da saída do
grupo Suez da empresa Aguas Argentinas, que faz o abastecimento
de água de Buenos Aires, provocou indignação no governo da
Argentina, que exigiu uma retratação da França.
A polêmica teve início quando o
embaixador francês em Buenos
Aires, Francis Lott, ao comentar a
decisão do grupo francês Suez de
abandonar a Aguas Argentinas,
declarou que o governo da Argentina teve uma atitude "populista"
que pôs em dificuldades as empresas francesas.
Isso porque o grupo decidiu
deixar a empresa porque não conseguiu negociar com o governo
uma alta nas tarifas de água.
"Diante da impossibilidade de recompor o equilíbrio econômico
da concessão, a empresa já não está em condições de continuar assumindo os riscos e responsabilidades que implica a operação de
serviço de água e saneamento na
área de concessão", afirmou comunicado da empresa na ocasião.
A inflação é uma das principais
preocupações do governo argentino, e o presidente Néstor Kirchner está em campanha pelas eleições que renovarão o Parlamento
do país neste mês.
Após as declarações de Lott, a
primeira-dama Cristina Kirchner
respondeu que a Argentina é um
país soberano e que o embaixador
ofendia o povo do país.
Além disso, o chanceler da Argentina, Rafael Bielsa, afirmou
que, a pedido de Kirchner, irá enviar um documento formal à embaixada francesa em protesto
contra as declarações. Na tarde de
ontem, Lott disse que suas palavras foram colocadas fora de contexto e que não teve intenção de
ofender os argentinos.
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