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BANCO
Perda com crise leva a reestruturação
Garantia cria área
para gerenciar risco
VANESSA ADACHI
da Reportagem Local
"Tiramos lições de episódios
ruins e estamos promovendo algumas mudanças internas." Dessa
forma o diretor-superintendente
do Banco Garantia, Cláudio Haddad, justifica reestruturações que
estão em andamento no banco.
Uma delas está diretamente ligada às perdas que o banco registrou
durante a crise financeira de outubro. O Garantia está criando uma
área específica para gerenciar o
risco de suas operações.
A gestão do risco ficará sob responsabilidade de Luiz Alberto Rodrigues, diretor exclusivo da área.
Outra mudança é que a partir de
agora o dinheiro dos clientes do
Garantia passa a ser administrado
por uma equipe diferente da que
cuida do caixa do próprio banco. É
o que o mercado convencionou
chamar de "chinese wall" (muralha da China).
Segundo Haddad, a idéia é dar
maior independência à área de administração de recursos de terceiros. "Já tínhamos decidido isso e
coincidiu de o Banco Central determinar que isso seja obrigatório", diz Haddad.
Ele explica que agora a área que
administra os fundos poderá operar com qualquer outro banco.
"Antes, havia uma relação maior
com instituições do grupo Garantia."
A mesma segmentação será aplicada na área de fundos "off shore"
(fundos constituídos no exterior),
onde o banco também perdeu dinheiro com a crise.
Além disso, a Folha apurou que
o Garantia decidiu criar uma nova
função em sua estrutura, logo
abaixo de Cláudio Haddad, que é o
principal executivo do banco.
Esse novo executivo teria a função de cuidar da parte operacional.
Isso porque os recentes prejuízos
teriam mostrado ser necessário
um olhar mais atento sobre o
dia-a-dia do banco.
Fernando Prado, que já era diretor do banco, estaria sendo preparado para o cargo e já ocuparia
uma cadeira entre Haddad e Jorge
Paulo Lemann, o principal sócio
do banco. Haddad não confirma.
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