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NEGÓCIO
Empresa tem maior parte dos contratos para plataformas da Petrobrás
Marítima Petróleo compra metade do Estaleiro Mauá
da Sucursal do Rio
A Marítima Petróleo, empresa
especializada no gerenciamento da
construção e reforma de plataformas marítimas para a Petrobrás,
assina hoje contrato de compra de
50% do Estaleiro Mauá, localizado
em Niterói (RJ).
A empresa ficou conhecida na
gestão do atual presidente da Petrobrás, Joel Mendes Rennó, por
ter ganho a maior parte das licitações para construir e reformar plataformas de produção e exploração de petróleo nos últimos anos,
apesar de ser apenas um escritório
de gerenciamento.
No final de 1997, a empresa, com
um capital de apenas R$ 5,33 milhões, detinha encomendas da estatal no valor de US$ 1,7 bilhão.
O estaleiro que está sendo comprado parcialmente fica no mesmo
local no qual o industrial Irineu
Evangelista de Sousa, o barão de
Mauá, construiu seu estaleiro, em
1850. O nome atual da empresa é
uma homenagem a Mauá, considerado seu fundador histórico.
Atualmente o estaleiro está praticamente fechado e pertence aos
empresários Omar Perez e André
Amorim. Perez disse que o dono
da Marítima, German Efromovich,
ainda está auditando o valor das
instalações para definir o preço a
ser pago pelos 50% do estaleiro.
De acordo com Perez, o projeto
da Marítima é passar a produzir no
Brasil parte dos equipamentos para as plataformas que está construindo para a Petrobrás.
Hoje, a empresa tem contratos
para construir nove plataformas,
com opção para mais duas. Segundo a Folha apurou na Petrobrás, é
possível que essas opções sejam
canceladas porque a Marítima
atrasou a entrega de outras quatro
unidades semelhantes a elas.
A intenção da Marítima é começar a fazer no estaleiro alguns módulos (partes) das plataformas P-38 e P-40, ambas em construção
em Cingapura.
A empresa quer também obter
contratos para construir navios.
Nos anos 70, quando pertencia ao
empresário Paulo Ferraz, o Mauá
chegou a ter 7.000 empregados.
Hoje, tem 150. No século 19, sob o
comando do barão de Mauá, o estaleiro fez 72 navios em 11 anos.
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