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ECONOMIA GLOBAL
Desemprego fica em 4,7%; Bolsas e títulos do Tesouro caem
EUA criam 211 mil vagas em março
DA REDAÇÃO
A economia dos Estados Unidos gerou 211 mil empregos em
março, movimento que reduziu a
taxa de desemprego para 4,7% no
mês, o menor nível em quatro
anos.
Em fevereiro, o desemprego havia ficado em 4,8%. Nesse mês, foram criados 225 mil empregos, de
acordo com dados revisados divulgados ontem. Já em janeiro, a
economia norte-americana criou
154 mil vagas.
O resultado, divulgado pelo Departamento de Trabalho, sugere
que a expansão forte da economia
está fazendo com que empresas
contratem mais funcionários.
"O mercado de trabalho está
ótimo", disse Bill Cheney, economista-chefe do John Hancock Financial Services. "As empresas estão indo bem atualmente. Os lucros estão aumentando. Eu acho
que as empresas estão em um
ponto em que se sentem confortáveis contratando funcionários."
Ações e títulos
O resultado, porém, fez caírem
ações e títulos do Tesouro dos Estados Unidos devido à preocupação de que o mercado de trabalho
forte, em que os salários tendem a
subir, possa pressionar a inflação.
A inflação mais alta, por sua vez,
faria com que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA)
tivesse que aumentar os juros, o
que desaceleraria a economia.
A taxa de juros está hoje em
4,75% nos EUA. O Fed vem aumentando os juros em todas as
suas reuniões desde junho de
2004, e analistas esperam que haja
pelo menos mais uma ou duas altas de 0,25 ponto percentual nos
juros.
A taxa de juros mais alta nos Estados Unidos é prejudicial aos
países emergentes, como o Brasil.
Quando os títulos norte-americanos, considerados os mais seguros, rendem mais, os investidores
tendem a tirar dinheiro de países
emergentes, onde o risco é maior,
para investir lá.
O principal índice da Bolsa de
Nova York, o Dow Jones, caiu
0,86%, fechando a 11.120 pontos.
Já a Nasdaq caiu 0,94%, ficando
em 2.339 pontos no fechamento
de ontem.
O rendimento do título do Tesouro americano com vencimento em dez anos ficou ontem em
4,99%, o mais alto desde 2002. A
expectativa de que o Fed vá subir
mais ainda a taxa de juros gera
menor procura por esses títulos, o
que por sua vez faz os juros pagos
por eles subirem.
Com agências internacionais
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