DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, defendeu que o "spread" bancário tem recuado e que já se encontra em um patamar baixo. Na sexta-feira, o ministro Guido Mantega (Fazenda) criticou o atual nível de "spread" e disse que o governo quer se reunir com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para discutir medidas que levem à sua redução.
O "spread" é a diferença entre o que as instituições financeiras pagam para captar recursos e as taxas cobradas na hora de concederem empréstimos.
"Se forem excluídos o cheque especial e o cartão de crédito, o spread gira em torno de 1% ao mês, o que não é absurdo, é baixo", afirmou Cypriano ontem, em teleconferência em que anunciou os resultados da instituição financeira.
Ainda segundo o presidente do Bradesco, a participação de cheque especial e cartão de crédito, que costumam ter as maiores taxas, na carteira total do banco é muito pequena.
Uma de suas reclamações é a de que não houve mudança "nas cunhas fiscais, e o compulsório continua elevado", sendo que tudo isso acaba por "encarecer o spread" (veja texto sobre compulsório nesta página).
"Sempre estamos prontos para conversar [com o governo sobre o tema]", completou Cypriano, que deixou a presidência da Febraban há cerca de um mês. (FV)


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