São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2000


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TRABALHO
Projeto será enviado ao Congresso Nacional; principal objetivo é forçar empresas a criar mais empregos
CUT quer limitar uso de horas extras e cortar jornada

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) pretende levar ao Congresso Nacional um projeto para limitar as horas extras no país.
A idéia é aumentar as exigências para uso de horas extras. Além de pagar o adicional de 50%, as empresas seriam obrigadas a dar folga aos funcionários.
"Isso forçaria novas contratações", afirma Luiz Marinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. "Sem o fim das horas extras, a redução da jornada não terá efeito."
Ontem, a CUT iniciou uma vigília de 36 horas em frente à sede da Fiesp, em São Paulo. Seis turmas irão se revezar no local até as 16h de hoje, em campanha pela redução da jornada de 44 para 36 horas semanais.
Pelos cálculos do Dieese, departamento de pesquisa financiado pelos sindicatos, o corte de oito horas na jornada semanal, em todo o Brasil, criaria 3 milhões de empregos em dois anos.
Representantes da CUT entregaram ontem ao presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, uma pauta de reivindicações que inclui redução da jornada e um contrato coletivo de trabalho nacional para o setor metalúrgico.
Piva prometeu discutir o corte na jornada com os empresários paulistas, mas alertou que uma redução das horas trabalhadas só será benéfica se não afetar a competitividade das empresas.
Uma nova reunião entre dirigentes da Fiesp e da CUT deve ocorrer dentro de 20 dias.

Acordo
A Força Sindical e a Rolamentos Fag (que possui 1.100 funcionários) fecharam ontem um acordo de redução de jornada de trabalho na empresa. Em janeiro do ano que vem, a jornada cairá de 41 para 40 horas semanais.



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