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TRABALHO
Projeto será enviado ao Congresso Nacional; principal objetivo é forçar empresas a criar mais empregos
CUT quer limitar uso de horas extras e cortar jornada
SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) pretende levar ao
Congresso Nacional um projeto
para limitar as horas extras no
país.
A idéia é aumentar as exigências
para uso de horas extras. Além de
pagar o adicional de 50%, as empresas seriam obrigadas a dar folga aos funcionários.
"Isso forçaria novas contratações", afirma Luiz Marinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. "Sem o fim das horas extras, a redução da jornada
não terá efeito."
Ontem, a CUT iniciou uma vigília de 36 horas em frente à sede da
Fiesp, em São Paulo. Seis turmas
irão se revezar no local até as 16h
de hoje, em campanha pela redução da jornada de 44 para 36 horas semanais.
Pelos cálculos do Dieese, departamento de pesquisa financiado
pelos sindicatos, o corte de oito
horas na jornada semanal, em todo o Brasil, criaria 3 milhões de
empregos em dois anos.
Representantes da CUT entregaram ontem ao presidente da
Fiesp, Horácio Lafer Piva, uma
pauta de reivindicações que inclui
redução da jornada e um contrato
coletivo de trabalho nacional para
o setor metalúrgico.
Piva prometeu discutir o corte
na jornada com os empresários
paulistas, mas alertou que uma
redução das horas trabalhadas só
será benéfica se não afetar a competitividade das empresas.
Uma nova reunião entre dirigentes da Fiesp e da CUT deve
ocorrer dentro de 20 dias.
Acordo
A Força Sindical e a Rolamentos
Fag (que possui 1.100 funcionários) fecharam ontem um acordo
de redução de jornada de trabalho
na empresa. Em janeiro do ano
que vem, a jornada cairá de 41 para 40 horas semanais.
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