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Em maio, mais 22,9 mil ficam sem emprego
GUSTAVO CHACRA
DE BUENOS AIRES
O número de demissões na Argentina registrado em maio foi o
segundo pior em dez anos. De
acordo com a consultoria Tendências Econômicas, 22.906 trabalhadores perderam emprego
em todo o país.
Com o resultado, espera-se que
a taxa de desemprego argentina,
de 13,8% no último levantamento, divulgado em outubro, suba
quando forem divulgados os novos números do Indec (Instituto
de Estatísticas e Censos da Argentina), previstos para maio.
De acordo com analistas argentinos, a taxa de desemprego deve
voltar ao patamar de abril do ano
passado, quando chegou a 14,5%.
Esse foi, por sinal, o mês com o
maior número de demissões nos
últimos dez anos, pois, nesse período, foram sentidos com mais
intensidade os efeitos da desvalorização do real, ocorrida em janeiro de 99.
Desta vez, o principal motivo
para a elevação no número de demissões é a diminuição nas vagas
de trabalho na construção civil,
setor que é um dos mais atingidos
pela recessão por que passa o país
nos últimos dois anos e meio.
E o número de demissões pode
se elevar ainda mais neste mês,
quando os efeitos do ajuste fiscal,
com a restruturação de institutos
governamentais, provocarão a
perda de empregos na área pública, segundo a Tendências.
Para os empresários, as importações são as principais responsáveis pela elevação no número de
demissões.
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