São Paulo, segunda-feira, 08 de julho de 2002

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Desemprego no país sobe a 22%, afirma ministra

DE BUENOS AIRES

O nível de desemprego cresceu de 18,3% para 22% da população argentina economicamente ativa entre outubro de 2001 e maio deste ano, segundo a ministra Graciela Camaño (Trabalho). O número, que deve ser confirmado pelo Indec (o IBGE local) em duas semanas, está abaixo das previsões das principais consultorias do país, que apontavam para um desemprego de 25%.
Para a ministra, as consultorias erram ao não identificar que, além da eliminação de milhares de postos de trabalho no país, houve setores que contrataram nos últimos meses.
Ela pediu ao ministro Roberto Lavagna (Economia) que não limite as ações do governo às negociações com organismos financeiros. "[Lavagna" deveria olhar para dentro do país e ajudar a economia a arrancar".
Em entrevista ao jornal "Clarín", Lavagna disse que entregará ao próximo governo, em maio, uma economia "normalizada, em funcionamento e com sinais de recuperação".
Para isso, Lavagna disse que fechará até agosto o acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que possibilitará a rolagem das dívidas por "pelo menos um ano".
Uma missão do FMI chega hoje a Buenos Aires para estudar o sistema bancário. Depois, virão outras missões do organismo, do Banco Mundial e também uma comissão de "notáveis" estrangeiros para aconselhar o governo.
Além do acordo com o FMI, as outras preocupações do ministro serão controlar a inflação e a cotação do dólar. Após dois meses em baixa, a inflação deve voltar a subir nos próximos meses com o reajuste das tarifas públicas que estão congeladas desde janeiro. (JS)


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