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Desemprego no país sobe a 22%, afirma ministra
DE BUENOS AIRES
O nível de desemprego cresceu de 18,3% para 22% da população argentina economicamente ativa entre outubro de
2001 e maio deste ano, segundo
a ministra Graciela Camaño
(Trabalho). O número, que deve ser confirmado pelo Indec
(o IBGE local) em duas semanas, está abaixo das previsões
das principais consultorias do
país, que apontavam para um
desemprego de 25%.
Para a ministra, as consultorias erram ao não identificar
que, além da eliminação de milhares de postos de trabalho no
país, houve setores que contrataram nos últimos meses.
Ela pediu ao ministro Roberto Lavagna (Economia) que
não limite as ações do governo
às negociações com organismos financeiros. "[Lavagna"
deveria olhar para dentro do
país e ajudar a economia a arrancar".
Em entrevista ao jornal "Clarín", Lavagna disse que entregará ao próximo governo, em
maio, uma economia "normalizada, em funcionamento e
com sinais de recuperação".
Para isso, Lavagna disse que
fechará até agosto o acordo
com o FMI (Fundo Monetário
Internacional), que possibilitará a rolagem das dívidas por
"pelo menos um ano".
Uma missão do FMI chega
hoje a Buenos Aires para estudar o sistema bancário. Depois,
virão outras missões do organismo, do Banco Mundial e
também uma comissão de "notáveis" estrangeiros para aconselhar o governo.
Além do acordo com o FMI,
as outras preocupações do ministro serão controlar a inflação e a cotação do dólar. Após
dois meses em baixa, a inflação
deve voltar a subir nos próximos meses com o reajuste das
tarifas públicas que estão congeladas desde janeiro.
(JS)
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