São Paulo, quarta-feira, 08 de setembro de 2004

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CAPTAÇÃO

Ainda não está definido se os papéis serão remunerados em euro ou em dólar

Tesouro vai emitir US$ 1 bi até o Natal

DE LONDRES

A visita da comitiva brasileira a investidores europeus reforçou o rumor de que haverá nova emissão de títulos no mercado internacional em breve. Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional, confirmou ontem, em Londres, que será vendido o equivalente a US$ 1 bilhão em papéis da dívida externa até dezembro.
Mas nem ele nem Alexandre Schwartsman, diretor do Banco Central, quiseram dar pistas sobre a data da emissão.
Após a apresentação dos dois representantes do governo, em um almoço, investidores podiam fazer perguntas. Mas a única que surgiu foi sobre emissão. Schwartsman respondeu dizendo que não havia nada de concreto.
Depois, no entanto, Levy disse a jornalistas que a "meta" do governo é emitir US$ 1 bilhão até o Natal. Foi uma confirmação de que o governo pretende cumprir o anúncio feito no fim do ano passado de que emitiria o equivalente a US$ 5 bilhões, dos quais US$ 4 bilhões já foram vendidos ao mercado. Mas, segundo ele, ainda não está definido se a nova emissão será feita em euros ou em dólares.
Bancos de investimento diziam, ontem, que os rumores são que o governo brasileiro emitirá 1 bilhão por um prazo de sete anos. Segundo os mesmos, boa parte do lote a ser vendido já tem compradores -uma vez que a demanda por papéis brasileiros está em alta.
O governo emitiu papéis com taxas menores de juros e prazos maiores do que os habituais no início do ano.
Ontem à noite, Levy seguiu para a Escócia onde terá novos encontros com fundos de investimento e bancos. Destino pouco usual nas rotas das missões do governo, a Escócia concentra, segundo o diretor de um banco estrangeiro que participou do almoço ontem, muitos investidores interessados em países emergentes.
Antes de chegar à capital britânica, Schwartsman esteve na Alemanha, e Levy, na Suíça. O secretário do Tesouro continuará até o fim da semana no Reino Unido, onde se encontrará também com representantes do governo. Já Schwartsman volta para o Brasil hoje. Além dos dois, outros representantes do BC e da Fazenda compõem a comitiva brasileira.
Na maior parte do tempo, durante as reuniões com bancos e fundos de investimento, o grupo tem estado dividido em dois. A viagem dos representantes do governo está sendo organizada pelos bancos UBS e Dresdner.
(ÉRICA FRAGA)


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