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CAPTAÇÃO
Ainda não está definido se os papéis serão remunerados em euro ou em dólar
Tesouro vai emitir US$ 1 bi até o Natal
DE LONDRES
A visita da comitiva brasileira a
investidores europeus reforçou o
rumor de que haverá nova emissão de títulos no mercado internacional em breve. Joaquim Levy,
secretário do Tesouro Nacional,
confirmou ontem, em Londres,
que será vendido o equivalente a
US$ 1 bilhão em papéis da dívida
externa até dezembro.
Mas nem ele nem Alexandre
Schwartsman, diretor do Banco
Central, quiseram dar pistas sobre a data da emissão.
Após a apresentação dos dois
representantes do governo, em
um almoço, investidores podiam
fazer perguntas. Mas a única que
surgiu foi sobre emissão.
Schwartsman respondeu dizendo
que não havia nada de concreto.
Depois, no entanto, Levy disse a
jornalistas que a "meta" do governo é emitir US$ 1 bilhão até o Natal. Foi uma confirmação de que o
governo pretende cumprir o
anúncio feito no fim do ano passado de que emitiria o equivalente
a US$ 5 bilhões, dos quais US$ 4
bilhões já foram vendidos ao mercado. Mas, segundo ele, ainda não
está definido se a nova emissão
será feita em euros ou em dólares.
Bancos de investimento diziam,
ontem, que os rumores são que o
governo brasileiro emitirá 1 bilhão por um prazo de sete anos.
Segundo os mesmos, boa parte do
lote a ser vendido já tem compradores -uma vez que a demanda
por papéis brasileiros está em alta.
O governo emitiu papéis com
taxas menores de juros e prazos
maiores do que os habituais no
início do ano.
Ontem à noite, Levy seguiu para
a Escócia onde terá novos encontros com fundos de investimento
e bancos. Destino pouco usual nas
rotas das missões do governo, a
Escócia concentra, segundo o diretor de um banco estrangeiro
que participou do almoço ontem,
muitos investidores interessados
em países emergentes.
Antes de chegar à capital britânica, Schwartsman esteve na Alemanha, e Levy, na Suíça. O secretário do Tesouro continuará até o
fim da semana no Reino Unido,
onde se encontrará também com
representantes do governo. Já
Schwartsman volta para o Brasil
hoje. Além dos dois, outros representantes do BC e da Fazenda
compõem a comitiva brasileira.
Na maior parte do tempo, durante as reuniões com bancos e
fundos de investimento, o grupo
tem estado dividido em dois. A
viagem dos representantes do governo está sendo organizada pelos bancos UBS e Dresdner.
(ÉRICA FRAGA)
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