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NEGÓCIO
Conglomerado, que reúne MTV e Blockbuster, anuncia maior transação na indústria do entretenimento
Viacom compra CBS por US$ 34,45 bi
das agências internacionais
O conglomerado norte-americano Viacom, que reúne companhias como os estúdios Paramount, a rede de locadoras Blockbuster e a MTV, anunciou ontem
a maior transação da história entre empresas de comunicação. A
companhia comprou a rede de
TV CBS, por um valor anunciado
de US$ 34,45 bilhões.
Juntas, Viacom e CBS faturaram em 98 mais de US$ 21 bilhões. As Organizações Globo teriam faturado em torno de US$
5,7 bilhões no mesmo período.
A nova Viacom, avaliada em
cerca de US$ 80 bilhões, deve ultrapassar a Time-Warner e assumir a liderança mundial nas áreas
de produção, promoção e distribuição de entretenimento, notícias, esportes e música. A empresa controla a partir de agora uma
rede de TV (a CBS), um estúdio
de cinema (a Paramount), 34 estações de TV, 50% da rede UPN,
163 rádios e a Infinity, a maior
central de outdoors dos EUA.
Além da MTV, a nova Viacom
passa a ser dona dos canais a cabo
CMT (Country Music Television), VH1, Nickelodeon, Showtime, TV Land, entre outros.
O presidente da Viacom, Sumner Redstone, passa a acumular
os cargos de "chairman" (presidente do conselho de administração) e diretor-executivo da nova
empresa, que mantém o mesmo
nome -Viacom. O presidente da
CBS, Mel Karmazin, foi nomeado
presidente e diretor de operações
da nova empresa.
Redstone assumiu o controle da
Viacom em 87. Em 94, a empresa
comprou os estúdios Paramount
e a Blockbuster, rede de locadoras
de vídeo, DVD e games.
A megafusão anunciada ontem
é mais uma dentro da tendência
de formação de grandes conglomerados de comunicação. Há três
anos, o grupo Disney adquiriu a
rede de TV ABC por US$ 19 bilhões, e, em 99, o grupo Seagram,
dono da Universal, comprou a
gravadora PolyGram por US$
10,4 bilhões.
Sobre o negócio, o "chairman"
da Viacom disse: "Com essa
união, seremos os líderes mundiais em cada uma das áreas da
mídia e da indústria de entretenimento. A nova empresa já nasce
financeiramente forte e dona de
marcas estabelecidas no mundo".
Há cerca de um mês, a Comissão Federal de Comunicações dos
EUA flexibilizou as normas que
regulam a propriedade de canais
de TV, o que detonou uma onda
de negociações no setor.
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