ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

A norte-americana Lucent Tecnologies inaugurou ontem, em Campinas (SP), uma fábrica de cabos de fibras ópticas para atender as encomendas da empresa em toda a América do Sul.
Desde a privatização do sistema de telefonia (Telebrás), em 1998, a produção de cabos de fibras ópticas no país cresceu 20% e, ainda assim, tem sido insuficiente para atender a procura.
Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), os fabricantes estão levando, em média, 52 semanas para entregar as encomendas de maior porte.
O presidente da Lucent Tecnologies, Renato Furtado, disse que a fábrica começa com produção média anual de 12 mil quilômetros de cabos ópticos.
A unidade de Campinas é a quinta fábrica de cabos ópticos da Lucent. O grupo possui mais duas fábricas nos EUA, uma na Dinamarca e outra na China.
Segundo Renato Furtado, a procura por cabos ópticos deve se manter elevada pelo menos até 2004. A empresa espera exportar 25% da produção da nova fábrica.
Enquanto a fábrica era inaugurada, a diretoria do BNDES anunciou a liberação de um empréstimo de R$ 15,59 milhões para financiar parte do projeto. Segundo o banco, outros dois projetos para a produção de cabos ópticos estão em análise.
A corrida das empresas de telefonia fixa (Telemar, Embratel, Telefônica e Brasil Telecom) para antecipar as metas de expansão de linhas telefônicas fixadas pelo governo é o principal motivo do aumento da procura. As empresas que anteciparem as metas poderão atuar fora de suas áreas de concessão, a partir de 2003.
Outros fatores para o aumento da procura são as licitações para TV a cabo e abertura do mercado para a instalação de redes privadas de telecomunicações.


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