UOL


São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Após 8 quedas, moeda fica 0,95% mais cara com expectativa de intervenção do BC; Bolsa recua 2,94%

Investidor "corrige" dólar, que sobe R$ 3,18

DA REPORTAGEM LOCAL

Após oito quedas consecutivas, o aumento da procura fez a cotação do dólar subir 0,95% ontem. A moeda dos EUA fechou o dia cotada a R$ 3,185. O preço do C-Bond caiu 1,48% e o risco-país subiu 3,19%, ao encerrar o pregão aos 937 pontos.
O Ibovespa também interrompeu uma sequência de cinco altas e fechou em queda de 2,94%, aos 11.778 pontos. No mês, o índice acumula alta de 4,4%.
Para os analistas, após a valorização acentuada dos últimos dias, a queda de ontem já era esperada e refletiu um acerto na posição de investidores.
Segundo eles, houve um aumento da procura pela moeda norte-americana por parte dos bancos devido à expectativa de que o Banco Central possa vir a comprar dólares. Ontem o Merrill Lynch divulgou um relatório em que sugere que o BC deveria aproveitar a atual cotação para elevar suas reservas.
Além disso, ontem na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) houve um aumento de 66% no volume financeiro negociado para a compra de dólar futuro, em razão de algumas empresas terem aproveitado a baixa para fazer operações de hedge (proteção cambial).
Mas os analistas acreditam que a continuidade das captações no exterior devem, pelo menos para os próximos dias, garantir que a cotação não suba rapidamente. Ontem foi a vez de o Bradesco fechar mais uma operação, dessa vez no mercado europeu.
Na Bovespa, o fechamento em baixa das Bolsas dos Estados Unidos colaborou para que alguns investidores vendessem seus papéis e realizassem os lucros obtidos com a forte valorização dos últimos dias. Das dez ações mais negociadas ontem, apenas duas fecharam em alta.
A notícia de que a variação cambial dos últimos 12 meses não será repassada no reajuste tarifário da energia impactou negativamente o preço das ações. O índice composto pelos papéis das empresas do setor fechou em baixa de 3,9%, mas ainda acumula no mês alta de 8,8%.
As maiores quedas foram Copel PNB (9,7%), Light ON (9,3%), Eletropaulo PN (8,4%) e Eletrobras ON (8%). As maiores altas foram Klabin PN (2,7%), Banco do Brasil ON (2,5%), Siderúrgica Nacional ON (2,4%) e Vale do Rio Doce ON (2,1%).
(GEORGIA CARAPETKOV)


Texto Anterior: Artigo - Horst Köhler: O caminho para a América Latina
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.