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MERCADO FINANCEIRO
Após 8 quedas, moeda fica 0,95% mais cara com expectativa de intervenção do BC; Bolsa recua 2,94%
Investidor "corrige" dólar, que sobe R$ 3,18
DA REPORTAGEM LOCAL
Após oito quedas consecutivas,
o aumento da procura fez a cotação do dólar subir 0,95% ontem.
A moeda dos EUA fechou o dia
cotada a R$ 3,185. O preço do C-Bond caiu 1,48% e o risco-país subiu 3,19%, ao encerrar o pregão
aos 937 pontos.
O Ibovespa também interrompeu uma sequência de cinco altas
e fechou em queda de 2,94%, aos
11.778 pontos. No mês, o índice
acumula alta de 4,4%.
Para os analistas, após a valorização acentuada dos últimos dias,
a queda de ontem já era esperada
e refletiu um acerto na posição de
investidores.
Segundo eles, houve um aumento da procura pela moeda
norte-americana por parte dos
bancos devido à expectativa de
que o Banco Central possa vir a
comprar dólares. Ontem o Merrill
Lynch divulgou um relatório em
que sugere que o BC deveria aproveitar a atual cotação para elevar
suas reservas.
Além disso, ontem na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros) houve um aumento de 66%
no volume financeiro negociado
para a compra de dólar futuro, em
razão de algumas empresas terem
aproveitado a baixa para fazer
operações de hedge (proteção
cambial).
Mas os analistas acreditam que
a continuidade das captações no
exterior devem, pelo menos para
os próximos dias, garantir que a
cotação não suba rapidamente.
Ontem foi a vez de o Bradesco fechar mais uma operação, dessa
vez no mercado europeu.
Na Bovespa, o fechamento em
baixa das Bolsas dos Estados Unidos colaborou para que alguns investidores vendessem seus papéis
e realizassem os lucros obtidos
com a forte valorização dos últimos dias. Das dez ações mais negociadas ontem, apenas duas fecharam em alta.
A notícia de que a variação cambial dos últimos 12 meses não será
repassada no reajuste tarifário da
energia impactou negativamente
o preço das ações. O índice composto pelos papéis das empresas
do setor fechou em baixa de 3,9%,
mas ainda acumula no mês alta de
8,8%.
As maiores quedas foram Copel
PNB (9,7%), Light ON (9,3%),
Eletropaulo PN (8,4%) e Eletrobras ON (8%). As maiores altas
foram Klabin PN (2,7%), Banco
do Brasil ON (2,5%), Siderúrgica
Nacional ON (2,4%) e Vale do Rio
Doce ON (2,1%).
(GEORGIA CARAPETKOV)
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