São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Setor privado aguarda melhoria para investir

DA REPORTAGEM LOCAL

O setor privado aguarda a volta dos investimentos públicos na melhoria da infra-estrutura da hidrovia Tietê-Paraná para retomar a expansão do transporte hidroviário. O volume de carga na hidrovia pode duplicar nos próximos anos.
O grupo Cosan, um dos maiores produtores de açúcar e álcool do mundo, lidera um projeto de construção de um corredor de exportação de álcool com dutos para escoar a produção para Santos e o uso da hidrovia Tietê-Paraná para escoar o álcool produzido no interior de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Carlos Magano, diretor de logística da Cosan e coordenador do projeto da Uniduto, diz que o potencial de transporte de álcool pela hidrovia pode superar 3 bilhões de litros por ano. A capacidade real dependerá das condições operacionais.
A Cosan transporta 1 milhão de toneladas de cana pela hidrovia. A operação ocorre em um pequeno trecho da via, em média de 55 quilômetros. Segundo Magano, as filas de embarcações para passar pelas eclusas (sistema para transpor as barragens de usinas hidrelétricas) inviabilizam a expansão do transporte pela hidrovia.
A Caramuru, maior processadora de soja de capital nacional e maior usuária da hidrovia Tietê-Paraná, alega que falta "confiabilidade" na hidrovia para a retomada dos investimentos privados. O vice-presidente da Caramuru, César Borges de Souza, estima em US$ 50 milhões os investimentos represados por falta de perspectiva de melhoria das condições.
Em 2007, a Caramuru transportou 750 mil toneladas de carga pela hidrovia. A meta do ano é transportar 900 mil toneladas entre São Simão (GO) e Pederneiras (SP), onde a produção vai das barcaças para trens que levam até Santos. (AB)


Texto Anterior: Diretor pede pressão por novos aportes
Próximo Texto: Hidrovia do São Francisco volta a operar em 2009
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.