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Setor privado aguarda melhoria para investir
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor privado aguarda a
volta dos investimentos públicos na melhoria da infra-estrutura da hidrovia Tietê-Paraná
para retomar a expansão do
transporte hidroviário. O volume de carga na hidrovia pode
duplicar nos próximos anos.
O grupo Cosan, um dos maiores produtores de açúcar e álcool do mundo, lidera um projeto de construção de um corredor de exportação de álcool
com dutos para escoar a produção para Santos e o uso da hidrovia Tietê-Paraná para escoar o álcool produzido no interior de São Paulo, Goiás, Mato
Grosso do Sul e Minas Gerais.
Carlos Magano, diretor de logística da Cosan e coordenador
do projeto da Uniduto, diz que
o potencial de transporte de álcool pela hidrovia pode superar
3 bilhões de litros por ano. A capacidade real dependerá das
condições operacionais.
A Cosan transporta 1 milhão
de toneladas de cana pela hidrovia. A operação ocorre em
um pequeno trecho da via, em
média de 55 quilômetros. Segundo Magano, as filas de embarcações para passar pelas
eclusas (sistema para transpor
as barragens de usinas hidrelétricas) inviabilizam a expansão
do transporte pela hidrovia.
A Caramuru, maior processadora de soja de capital nacional e maior usuária da hidrovia
Tietê-Paraná, alega que falta
"confiabilidade" na hidrovia
para a retomada dos investimentos privados. O vice-presidente da Caramuru, César Borges de Souza, estima em US$ 50
milhões os investimentos represados por falta de perspectiva de melhoria das condições.
Em 2007, a Caramuru transportou 750 mil toneladas de
carga pela hidrovia. A meta do
ano é transportar 900 mil toneladas entre São Simão (GO) e
Pederneiras (SP), onde a produção vai das barcaças para
trens que levam até Santos.
(AB)
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