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Mercado foca indicadores de inflação de Brasil e EUA
IPCA, usado como meta do governo brasileiro, sai na 5ª
DA REPORTAGEM LOCAL
Se depender da agenda de
eventos econômicos, a semana
será bastante agitada no mercado financeiro. Diferentes dados relevantes serão conhecidos tanto aqui quanto nos Estados Unidos, o que deve mexer
com o mercado.
A divulgação de índices de inflação está no centro da agenda.
No Brasil, vai ser conhecido na
quarta-feira o resultado do IPCA de maio. A projeção do mercado é que o índice tenha alcançado 0,68% em maio, contra
0,55% de abril.
O IPCA é o índice utilizado
pelo governo para monitorar a
meta oficial de inflação. Quando a inflação se torna uma
ameaça, o Banco Central acaba
por elevar a taxa básica de juros, como ocorreu nas últimas
duas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).
Dessa forma, se a inflação demonstrar ser um perigo ainda
maior que o temido, a taxa básica Selic pode acabar por ser elevada de forma mais intensa.
Na semana passada, o Copom elevou em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, de 11,75%
para 12,25%. O mercado espera, segundo pesquisa feita pelo
BC, que a Selic esteja em
13,75% no fim de 2008.
O risco inflacionário também
tem sido sentido nas maiores
economias do mundo. Nos
EUA, passou-se a considerar
que o ciclo de corte de juros
chegou a seu fim -em muito
devido à pressão dos preços.
Na sexta-feira, os americanos irão conhecer o chamado
CPI (índice de preços ao consumidor) de maio. A projeção do
mercado é que a taxa tenha subido 0,5% no mês.
"A agenda econômica é bastante cheia na semana, com a
atenção dos investidores se
concentrando na divulgação da
ata do Copom e no dado inflacionário americano, o CPI, que
será divulgado na sexta", afirma Júlio Martins, diretor da
Prosper Gestão de Recursos.
Na quinta-feira, o mercado
irá conhecer a ata da última
reunião do Copom. A ata trará
explicações sobre os motivos
que levaram os membros do comitê a subir a Selic em 0,50
ponto percentual.
Para investidores e analistas,
o documento é relevante por
trazer sinais sobre o futuro da
política monetária. Uma ata
muito pessimista pode pressionar os juros futuros.
"Na semana teremos dois
acontecimentos importantes
no âmbito interno. Na quarta-feira se dará a divulgação do IPCA e, na quinta-feira, a ata do
Copom, dois eventos de extrema importância para o rumo da
política monetária. Já no cenário externo, os destaques serão
o CPI e o índice de confiança do
consumidor, ambos referentes
ao mercado norte-americano e
divulgados na sexta-feira", de
acordo com análise da corretora Coinvalores.
Outros dados de inflação,
além do IPCA, vão ser conhecidos nos próximos dias. Haverá
a divulgação da primeira prévia
do IPC da Fipe e do IGP-M.
Para completar a agenda nacional, o IBGE vai apresentar o
resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do 1º trimestre
amanhã.
Nos EUA, os investidores
também estarão atentos à apresentação do Livro Bege -compilação de dados econômicos
feita pelo banco central do
país-, que sai na quarta.
Na quinta-feira, a divulgação
dos novos pedidos de seguro-desemprego será especialmente importante porque na sexta
passada o aumento do desemprego nos EUA assustou os investidores e favoreceu a queda
das Bolsas.
A semana também será marcada por dois novos discursos
de Ben Bernanke, presidente
do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano),
que ocorrerão hoje e na próxima quinta-feira.
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