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Setores em alta ainda
têm capacidade ociosa
DA SUCURSAL DO RIO
Entre os setores que lideraram o
crescimento da produção da indústria em maio, estão aqueles
que foram mais castigados nos últimos anos pela redução do ritmo
da atividade econômica, segundo
especialistas ouvidos pela Folha.
Por esse motivo, esses ramos
ainda têm capacidade ociosa e
não há risco de "estrangulamento" de uma expansão futura, diz o
economista Bráulio Borges.
Carlos Kawal, economista-chefe
do Citibank, ressalta que um possível esgotamento da capacidade
de produção é um problema concentrado na indústria de bens intermediários, na qual, em contrapartida, os investimentos são
maiores. Citou três: siderurgia,
papel e celulose e petroquímica.
Com desempenho pior em
2003, o segmento de veículos automotores produziu, em maio,
4,7% mais do que em abril (dado
dessazonalizado), segundo o IBGE. Apesar do bom desempenho,
o ramo não deve superar seu recorde de produção -2,1 milhões
de unidades vendidas em 1997.
Para a Anfavea (Associação Nacional de Veículos Automotores),
não há risco de "gargalo". É que
há uma ociosidade de cerca de
40% nas linhas de montagem.
No setor de alimentos, a produção subiu 2% em maio. Segundo o
gerente do Departamento Econômico da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), Amílcar Lacerda Almeida,
as vendas no ano crescerão 4%.
Ainda assim, há capacidade instalada para absorver o aumento. A
utilização está em 69%.
Demanda
A julgar pela confiança dos empresários, detectada por uma prévia da Sondagem Conjuntural da
Industria de Transformação, da
FGV (Fundação Getúlio Vargas),
a retomada da indústria deve se
intensificar no terceiro trimestre.
As respostas à sondagem são as
melhores desde 2000, quando a
economia estava em crescimento.
A pesquisa indica demanda aquecida -18% dizem que está forte
em julho, contra 13% em abril.
Para os próximos três meses, 54%
esperam produção maior.
Colaborou a Folha Online
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