São Paulo, sexta-feira, 09 de julho de 2004

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Setores em alta ainda têm capacidade ociosa

DA SUCURSAL DO RIO

Entre os setores que lideraram o crescimento da produção da indústria em maio, estão aqueles que foram mais castigados nos últimos anos pela redução do ritmo da atividade econômica, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
Por esse motivo, esses ramos ainda têm capacidade ociosa e não há risco de "estrangulamento" de uma expansão futura, diz o economista Bráulio Borges.
Carlos Kawal, economista-chefe do Citibank, ressalta que um possível esgotamento da capacidade de produção é um problema concentrado na indústria de bens intermediários, na qual, em contrapartida, os investimentos são maiores. Citou três: siderurgia, papel e celulose e petroquímica.
Com desempenho pior em 2003, o segmento de veículos automotores produziu, em maio, 4,7% mais do que em abril (dado dessazonalizado), segundo o IBGE. Apesar do bom desempenho, o ramo não deve superar seu recorde de produção -2,1 milhões de unidades vendidas em 1997.
Para a Anfavea (Associação Nacional de Veículos Automotores), não há risco de "gargalo". É que há uma ociosidade de cerca de 40% nas linhas de montagem.
No setor de alimentos, a produção subiu 2% em maio. Segundo o gerente do Departamento Econômico da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), Amílcar Lacerda Almeida, as vendas no ano crescerão 4%. Ainda assim, há capacidade instalada para absorver o aumento. A utilização está em 69%.

Demanda
A julgar pela confiança dos empresários, detectada por uma prévia da Sondagem Conjuntural da Industria de Transformação, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a retomada da indústria deve se intensificar no terceiro trimestre.
As respostas à sondagem são as melhores desde 2000, quando a economia estava em crescimento. A pesquisa indica demanda aquecida -18% dizem que está forte em julho, contra 13% em abril. Para os próximos três meses, 54% esperam produção maior.


Colaborou a Folha Online


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