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PIRATARIA
Produtos são apreendidos na alfândega do porto do Rio; importadora da boneca Barbie enfrenta o mesmo problema
Nike manda destruir 45 mil pares de tênis falsificados
MARCELO BILLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 45 mil pares de tênis
começaram a ser destruídos ontem pela Receita no Rio de Janeiro. Os produtos, falsificações da
marca Nike, foram apreendidos
no porto da cidade. A destruição
foi solicitada pela empresa.
Segundo Carlos Eugênio Seiblitz, inspetor substituto da alfândega do porto do Rio de Janeiro,
existem 80 mil pares de tênis
apreendidos. Cerca de 75 mil são
da marca Nike.
Ele explica que existem quatro
destinos para bens apreendidos
na alfândega: leilão, doação, incorporação para uso do Estado e
destruição. No caso de falsificação, a doação precisa ser autorizada pelo detentor da marca.
Segundo Katia Gianone, gerente de comunicação da Nike, a empresa opta pela destruição para
garantir a qualidade dos produtos
comprados pelo consumidor e
para proteger a marca.
Ela afirmou que a empresa tem
programas de auxílio à comunidade que não se misturam com o
combate à pirataria. "Quando decidimos doar produtos, eles são
originais", disse.
Os tênis falsificados estão sendo
destruídos por máquina comprada pela empresa especialmente
para esse fim.
A Nike estima que entrem todo
ano no mercado brasileiro 1 milhão de pares de tênis falsificados.
Segundo Katia, a estimativa é que
a empresa deixa de faturar, no
Brasil, por causa da pirataria com
seus produtos, R$ 50 milhões todo ano.
Outra empresa que enfrenta
problemas com pirataria é a Mattel, que importa a boneca Barbie.
Segundo Cristina Lara, gerente de
produto da empresa, são vendidas, todo ano, no Brasil, aproximadamente 1,5 milhão de bonecas falsificadas. O número é idêntico ao de bonecas originais vendidas no mercado brasileiro.
Cristina afirma que a pirataria
de bonecas gera um prejuízo estimado em US$ 10 milhões para a
empresa. "Isso não contabiliza a
falsificação de outros itens, como
roupas e acessórios", diz.
Ela afirmou que a empresa não
tem programas específicos de
combate à pirataria. "Estamos
apenas há dois anos no Brasil e só
descobrimos as falsificações
quando elas chegam ao mercado.
Não encontramos ainda um meio
eficiente para combater a pirataria" afirmou Cristina.
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