São Paulo, sexta-feira, 09 de agosto de 2002

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FHC comemora o novo acerto que afasta "o fantasma da especulação"

LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em clima de comemoração, o presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a ressaltar que o fechamento do novo acordo entre o país e o FMI (Fundo Monetário Internacional) servirá para afastar "o fantasma da especulação" e garantir a tranquilidade durante as eleições e a transição de governo.
FHC celebrou também o que considera ser um feito histórico: conseguir, em final de mandato, um empréstimo "tão vultoso" -que "superou as expectativas"- sem a imposição de condições adicionais ao superávit primário oferecido.
Para ele, é uma prova de que o país, não apenas seu governo, recebeu um "voto de confiança".
"É de salientar que talvez tenha sido a primeira vez na história do FMI que um empréstimo tão vultoso como o que foi acordado ontem [anteontem" tenha sido feito no final de um governo", disse.
"Portanto é um voto de confiança que não é apenas no governo, é no país. É a confiança de que o país, seja qual venha a ser o destino que a população deseja para ele em termos de governo, tem condições de cumprir seus compromissos", completou.

Candidatos consultados
FHC não falou pessoalmente sobre a negociação entre o governo e os candidatos a presidente, mas, por meio de seu porta-voz, Alexandre Parola, reiterou a importância de o governo ter "procurado todos os candidatos".
"Como eu já disse, [o acordo] serve para nos dar oxigênio extra, afastando o fantasma da especulação e assegurando as condições necessárias para que a economia atravesse com tranquilidade as próximas etapas", afirmou em seu discurso, na cerimônia de promoção de oficiais generais, no Palácio do Planalto.
O presidente também disse que recebeu ontem um telefonema do diretor-gerente do Fundo, Horst Köhler, que o informou da decisão e da avaliação positiva do país que seriam levadas ao conselho diretor do organismo.



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