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São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2003

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Rendimento sobre 8% é mantido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar da queda no compulsório decidida ontem, o Banco Central decidiu continuar pagando juros por uma parcela do dinheiro que é recolhido das instituições financeiras. Entre janeiro e julho, esses juros renderam R$ 530 milhões aos bancos.
Existem, atualmente, três tipos principais de compulsório, que incidem sobre os saldos das contas correntes, das poupanças e das aplicações em CDB (Certificado de Depósito Bancário).
Até 2002, os bancos não recebiam nada pelo recolhimento que incidia sobre as contas correntes, os chamados depósitos à vista. Pelo dinheiro retido das cadernetas e dos CDBs, o BC pagava às instituições financeiras o mesmo rendimento que cada aplicação oferece aos poupadores.
Isso mudou em agosto do ano passado, quando o BC decidiu pagar juros equivalentes à taxa Selic por uma parcela dos compulsórios -8% dos depósitos em conta corrente, mantendo-se os outros 60% sem remuneração.
A queda do compulsório decidida ontem atingiu apenas a parcela dos recolhimentos que não pagam nenhuma remuneração aos bancos. As instituições financeiras continuarão a receber juros sobre cerca de R$ 4 bilhões dos R$ 50 bilhões em depósitos a vista captados de seus clientes.
Atualmente, o total de recolhimentos chega a R$ 124 bilhões -quase um terço do volume de crédito disponível hoje no país, que é de R$ 381 bilhões.


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