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Rendimento sobre 8% é mantido
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar da queda no compulsório decidida ontem, o Banco Central decidiu continuar pagando
juros por uma parcela do dinheiro que é recolhido das instituições
financeiras. Entre janeiro e julho,
esses juros renderam R$ 530 milhões aos bancos.
Existem, atualmente, três tipos
principais de compulsório, que
incidem sobre os saldos das contas correntes, das poupanças e das
aplicações em CDB (Certificado
de Depósito Bancário).
Até 2002, os bancos não recebiam nada pelo recolhimento que
incidia sobre as contas correntes,
os chamados depósitos à vista.
Pelo dinheiro retido das cadernetas e dos CDBs, o BC pagava às
instituições financeiras o mesmo
rendimento que cada aplicação
oferece aos poupadores.
Isso mudou em agosto do ano
passado, quando o BC decidiu pagar juros equivalentes à taxa Selic
por uma parcela dos compulsórios -8% dos depósitos em conta
corrente, mantendo-se os outros
60% sem remuneração.
A queda do compulsório decidida ontem atingiu apenas a parcela dos recolhimentos que não
pagam nenhuma remuneração
aos bancos. As instituições financeiras continuarão a receber juros
sobre cerca de R$ 4 bilhões dos R$
50 bilhões em depósitos a vista
captados de seus clientes.
Atualmente, o total de recolhimentos chega a R$ 124 bilhões
-quase um terço do volume de
crédito disponível hoje no país,
que é de R$ 381 bilhões.
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