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São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2003
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Mais crédito A redução da alíquota do compulsório de 60% para 45% deverá beneficiar também a agricultura. Toda vez que a economia em geral recebe mais crédito respira mais, o que é bom também para o setor agrícola, dizem analistas do setor. Aumento indireto Getúlio Pernambuco, da CNA, diz que os agricultores serão beneficiados, ainda, pela maior liquidez das repassadoras de produtos, como cooperativas, indústrias de adubos e de sementes. Com maior crédito no mercado, essas empresas vão ampliar o volume de produtos fornecidos para os agricultores. Sem redução da TEC Francisco Schardong, da Farsul, disse que até ontem não havia acordo sobre a redução da TEC (alíquota de importação). Os valores permanecem nos patamares que estão: 11,5% para o o arroz em casca e 13,5% para o beneficiado. O governo brasileiro deverá tentar, no entanto, essa redução mais adiante, diz ele. Dificuldades para a indústria Wilson Villela, da Bolsa de Uruguaiana (RS), diz que até parte da indústria não queria a redução das taxas neste momento. Os que importaram arroz -principalmente aqueles que ainda não receberam o produto- teriam de reduzir os preços para acompanhar as novas taxas da TEC. Importações continuam Mesmo sem a redução da TEC, as importações continuam. O analista Romeu Fiod diz que já foram acertados negócios de compra de arroz da Tailândia e do Vietnã. As importações do produto desses países, mais as dos EUA, já chegam a 300 mil toneladas em casca, diz ele. Seca na Europa A forte seca que atinge a Europa está deixando graves consequências na agricultura. A Alemanha anunciou, ontem, queda de 11,4% na safra. Essa quebra de produção na Europa deverá elevar os preços do trigo, mas também vai permitir a desova maior do milho brasileiro. Trigo no RS A Emater-RS informou ontem que o rendimento do trigo será de 1.757 quilos por hectare no Rio Grande do Sul, o que elevará a produção do Estado para 1,74 milhão de toneladas. A safra será a maior em 16 anos e 54% acima da de 2002. Restrições chinesas A China deverá impor novas restrições à importação de óleo de soja. Desta vez, Brasil, Argentina e Estados Unidos serão afetados, segundo informações do mercado. A alegação é de problemas fitossanitários no produto, mas na realidade as importações chinesas vêm crescendo muito. Exportações de suínos O Brasil conseguiu arrecadar US$ 282 milhões nos sete primeiros meses deste ano com as exportações de carne suína. Saíram dos portos brasileiros 275 mil toneladas do produto, conforme dados da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína). Reflexo do campo Após atingir os menores patamares do ano no início de julho, o álcool teve recuperação de 27% nos preços nas usinas paulistas nos últimos 30 dias. O combustível, que estava em queda nas bombas, teve elevação de 2,7% nesta semana em São Paulo. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Ações de bancos sobem e impulsionam Bolsa Próximo Texto: Ano do dragão: Governo provoca quase metade da inflação Índice |
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