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Setor não é o líder em rentabilidade
DA REPORTAGEM LOCAL
A rentabilidade anualizada de
34,9% sobre o patrimônio líquido
médio, obtida pelo Bradesco, não
é um caso excepcional nos balanços do primeiro semestre, já divulgados. Mesmo tomando a rentabilidade sobre o patrimônio líquido final do banco -um pouco
menor, mas ainda elevada-, de
32,3%, o Bradesco estaria em 19º
lugar no quesito, segundo levantamento feito pela Economática
com balanços das empresas.
"Se for analisada a rentabilidade
dos demais setores, ficará claro
que os bancos não se diferenciam
tanto", afirma Márcio Cypriano,
presidente do Bradesco.
No entanto, segundo Carlos Coradi, da EFC, a rentabilidade das
empresas ainda é reflexo do crescimento de quase 5% da economia em 2004 e de uma expansão
moderada neste ano, mas sobre
uma base forte. "Já no caso dos
bancos, o aumento da rentabilidade vem da maior demanda por
crédito e dos juros altos", diz Coradi. A taxa média da Selic, no primeiro semestre, foi 19% ao ano.
Desde empresas de setores industriais de porte, como petróleo,
papel e celulose, siderurgia e energia, até produtos de beleza registraram rentabilidade elevada, que
superou a dos bancos.
A campeã em rentabilidade até
ontem é a Elektro, do setor de
energia, com 92,9%. Em seguida
vem Ipiranga (petróleo e gás),
com 73,5% e Natura, com 68,1%.
O setor siderúrgico é o que coleciona, até o momento, o maior
número de balanços com rentabilidade elevada. A Gerdau, por
exemplo, obteve um ganho equivalente a 44,7% do patrimônio líquido, logo atrás da Acesita
(45,3%). Outro setor que merece
destaque é o de energia elétrica,
que, depois de amargar prejuízos
no governo passado, recuperou-se e tem cinco empresas entre as
de maior rentabilidade (acima de
20% de retorno sobre o patrimônio líquido).
(SB)
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