São Paulo, terça-feira, 09 de agosto de 2005

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Setor não é o líder em rentabilidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A rentabilidade anualizada de 34,9% sobre o patrimônio líquido médio, obtida pelo Bradesco, não é um caso excepcional nos balanços do primeiro semestre, já divulgados. Mesmo tomando a rentabilidade sobre o patrimônio líquido final do banco -um pouco menor, mas ainda elevada-, de 32,3%, o Bradesco estaria em 19º lugar no quesito, segundo levantamento feito pela Economática com balanços das empresas.
"Se for analisada a rentabilidade dos demais setores, ficará claro que os bancos não se diferenciam tanto", afirma Márcio Cypriano, presidente do Bradesco.
No entanto, segundo Carlos Coradi, da EFC, a rentabilidade das empresas ainda é reflexo do crescimento de quase 5% da economia em 2004 e de uma expansão moderada neste ano, mas sobre uma base forte. "Já no caso dos bancos, o aumento da rentabilidade vem da maior demanda por crédito e dos juros altos", diz Coradi. A taxa média da Selic, no primeiro semestre, foi 19% ao ano.
Desde empresas de setores industriais de porte, como petróleo, papel e celulose, siderurgia e energia, até produtos de beleza registraram rentabilidade elevada, que superou a dos bancos.
A campeã em rentabilidade até ontem é a Elektro, do setor de energia, com 92,9%. Em seguida vem Ipiranga (petróleo e gás), com 73,5% e Natura, com 68,1%.
O setor siderúrgico é o que coleciona, até o momento, o maior número de balanços com rentabilidade elevada. A Gerdau, por exemplo, obteve um ganho equivalente a 44,7% do patrimônio líquido, logo atrás da Acesita (45,3%). Outro setor que merece destaque é o de energia elétrica, que, depois de amargar prejuízos no governo passado, recuperou-se e tem cinco empresas entre as de maior rentabilidade (acima de 20% de retorno sobre o patrimônio líquido). (SB)


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