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Crise tem pouco impacto, diz banco
DA REPORTAGEM LOCAL
Com lucro e rentabilidade no
pico, o Bradesco não vê contaminação da economia pela crise política. "A crise não está tendo impacto nos negócios. Acho que a
área econômica pode, até, contaminar positivamente a área política", afirma Márcio Cypriano, presidente do banco.
Segundo o executivo, pesquisas
feitas pelo Bradesco com seus
clientes "corporate" mostrou que
89% das empresas mantêm a expectativa de investimentos neste
ano. Já entre as empresas exportadoras clientes do banco, 85% dizem que estão mantendo seus
planos de exportação.
As empresas estão buscando
novas formas de se financiar no
mercado, segundo ele. "Elas estão
saindo de operações tradicionais
-como promissórias e financiamento de capital de giro- e buscando operações estruturadas
com debêntures e captações no
mercado de capitais", diz.
Para o segundo semestre,
Cypriano diz que espera queda na
taxa básica de juros, a Selic, e
aposta num corte de 0,5 ponto
percentual já na próxima reunião
do Copom (Comitê de Política
Monetária do Banco Central), na
semana que vem. "Com a queda
dos juros, os bancos vão ganhar
com aumento do volume de operações de crédito e redução da
inadimplência", afirma.
Mesmo num cenário de médio
prazo, Cypriano diz não acreditar
em contaminação política. "Os
fundamentos da economia são
muito positivos. Mas queremos
que as denúncias [de corrupção
envolvendo a base aliada do governo] sejam apuradas com a
maior brevidade para que o país
possa crescer", observa Cypriano.
Ele defendeu, ainda, o estabelecimento de uma "agenda positiva
para que o desemprego caia mais,
e o crescimento econômico prossiga". "O país tem de apurar todas
as irregularidades e ir em frente
para crescer", insistiu.
(SB)
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