São Paulo, terça-feira, 09 de agosto de 2005

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Crise tem pouco impacto, diz banco

DA REPORTAGEM LOCAL

Com lucro e rentabilidade no pico, o Bradesco não vê contaminação da economia pela crise política. "A crise não está tendo impacto nos negócios. Acho que a área econômica pode, até, contaminar positivamente a área política", afirma Márcio Cypriano, presidente do banco.
Segundo o executivo, pesquisas feitas pelo Bradesco com seus clientes "corporate" mostrou que 89% das empresas mantêm a expectativa de investimentos neste ano. Já entre as empresas exportadoras clientes do banco, 85% dizem que estão mantendo seus planos de exportação.
As empresas estão buscando novas formas de se financiar no mercado, segundo ele. "Elas estão saindo de operações tradicionais -como promissórias e financiamento de capital de giro- e buscando operações estruturadas com debêntures e captações no mercado de capitais", diz.
Para o segundo semestre, Cypriano diz que espera queda na taxa básica de juros, a Selic, e aposta num corte de 0,5 ponto percentual já na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), na semana que vem. "Com a queda dos juros, os bancos vão ganhar com aumento do volume de operações de crédito e redução da inadimplência", afirma.
Mesmo num cenário de médio prazo, Cypriano diz não acreditar em contaminação política. "Os fundamentos da economia são muito positivos. Mas queremos que as denúncias [de corrupção envolvendo a base aliada do governo] sejam apuradas com a maior brevidade para que o país possa crescer", observa Cypriano.
Ele defendeu, ainda, o estabelecimento de uma "agenda positiva para que o desemprego caia mais, e o crescimento econômico prossiga". "O país tem de apurar todas as irregularidades e ir em frente para crescer", insistiu. (SB)


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