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LUSCO-FUSCO
No Sudeste, indústria usa 2,4% a menos de luz
Consumo de energia cresce menos do que o projetado no 1º semestre
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O consumo de energia no primeiro semestre aumentou 5,3%
em relação ao mesmo período do
ano passado, segundo a Eletrobrás. Apesar disso, ficou 2,7%
abaixo do que estava previsto pelos técnicos do governo.
A menor taxa de crescimento
foi a da indústria, que consumiu
2,3% a mais de energia nos seis
primeiros meses de 2003 em relação ao mesmo período de 2002.
Ainda assim o resultado da indústria ficou 4,9% abaixo do previsto
pelo governo.
A retração na economia neste
ano vem sendo apontada pela Eletrobrás como causa do baixo consumo de energia pela indústria,
responsável por 44% do uso de
eletricidade do país. No mês de junho, ela foi a única classe de consumo que usou menos energia do
que no mesmo mês de 2002 -redução de 1%.
Na região Sudeste, que tem o
maior consumo de energia e onde
está localizada a maior parte das
indústrias, a retomada do consumo após o racionamento tem sido
ainda mais lenta. Nessa região, o
consumo de energia da indústria
no primeiro semestre caiu 2,4%
sobre o mesmo período de 2002.
No mês de junho deste ano, em
relação ao mesmo mês do ano anterior, a queda no consumo de
energia pela indústria no Sudeste
foi ainda maior -6,6%.
O consumo de energia pela indústria cresceu a taxas altas nas
regiões Centro-Oeste, Norte e Sul
(que não passou pelo racionamento em 2001 e 2002). No Centro-Oeste, o setor industrial consumiu 36,2% mais energia no primeiro semestre deste ano do que
no mesmo período de 2002. Na
região Norte, o acréscimo foi de
10,1%, e, na região Sul, de 6,7%.
Consumo residencial
O consumo residencial de energia teve a maior taxa de crescimento no primeiro semestre
-aumentou 8,1% em relação a
2002. Na região Nordeste, esse aumento foi ainda maior, de 15,5%.
Na região Sudeste, o incremento
foi de 8,6%.
Entre junho de 2002 e junho
deste ano, o mercado residencial
foi ampliado com a participação
de 1,3 milhão de novos consumidores. O consumo médio, no entanto, não tem aumentado desde
março, quando se estabeleceu em
142 kWh/mês. Esse patamar é
9,2% superior ao de junho/02.
Cenário
Segundo a Eletrobrás, "o cenário adotado como referência assume que a economia irá melhorar a
partir de 2004, quando se ampliarão gradualmente os investimentos em políticas regionais, de forma a aproveitar as vantagens
competitivas locais".
No cenário de referência da Eletrobrás, o PIB (Produto Interno
Bruto, soma das riquezas do país)
cresce 3,8% ao ano entre 2004 e
2007 e 4,9% ao ano entre 2008 e
2013. No pior cenário, o crescimento do PIB é de 3,2% ao ano
entre 2004 e 2007 e 3,9% entre
2008 e 2013.
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