São Paulo, quarta-feira, 09 de outubro de 2002

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Argentina não pode dar um "sim fácil" para tudo ao FMI, diz Lavagna

JOÃO SANDRINI
DE BUENOS AIRES

O ministro da Argentina da Economia, Roberto Lavagna, afirmou ontem que a Argentina não pode prometer atender a todas as exigências e dar um "sim fácil" ao FMI (Fundo Monetário Internacional), apesar de considerar de "vital importância" o acordo negociado há mais de nove meses com o organismo.
Membros da equipe econômica argentina estão desde a semana passada em Washington para negociar os principais pontos do acordo com técnicos do Fundo. Durante as negociações, o FMI reivindicou, segundo versões extra-oficiais, que a Argentina elimine totalmente os controles para a negociação de dólares e os impostos sobre exportações, entre outras medidas.
No entanto Lavagna afirmou ontem que o país não pode prometer que atenderá essas duas exigências, porque seria impossível cumpri-las.
"Estamos trabalhando intensamente no acordo (...), mas sem dar um sim fácil, como muitas vezes fizemos neste país (...), porque, rapidamente, isso se transforma em um incumprimento", disse.
A Argentina adotou nos últimos meses diversas medidas para controlar a alta do dólar. A principal delas reduz a especulação, ao obrigar os exportadores a liquidar os dólares obtidos com as vendas ao exterior diretamente no Banco Central. Esses recursos têm contribuído para o aumento das reservas internacionais do BC e a tranquilidade no mercado de câmbio verificada desde julho.

Banco deixa o país
O banco italiano IntesaBCI, que controla o Sudameris na América Latina, anunciou que vai encerrar os negócios na Argentina até o final deste mês com a venda da filial local do Sudameris.


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