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Argentina não pode dar um "sim
fácil" para tudo ao FMI, diz Lavagna
JOÃO SANDRINI
DE BUENOS AIRES
O ministro da Argentina da
Economia, Roberto Lavagna, afirmou ontem que a Argentina não
pode prometer atender a todas as
exigências e dar um "sim fácil" ao
FMI (Fundo Monetário Internacional), apesar de considerar de
"vital importância" o acordo negociado há mais de nove meses
com o organismo.
Membros da equipe econômica
argentina estão desde a semana
passada em Washington para negociar os principais pontos do
acordo com técnicos do Fundo.
Durante as negociações, o FMI
reivindicou, segundo versões extra-oficiais, que a Argentina elimine totalmente os controles para a negociação de dólares e os
impostos sobre exportações, entre outras medidas.
No entanto Lavagna afirmou
ontem que o país não pode prometer que atenderá essas duas
exigências, porque seria impossível cumpri-las.
"Estamos trabalhando intensamente no acordo (...), mas sem
dar um sim fácil, como muitas vezes fizemos neste país (...), porque, rapidamente, isso se transforma em um incumprimento",
disse.
A Argentina adotou nos últimos
meses diversas medidas para controlar a alta do dólar. A principal
delas reduz a especulação, ao
obrigar os exportadores a liquidar
os dólares obtidos com as vendas
ao exterior diretamente no Banco
Central. Esses recursos têm contribuído para o aumento das reservas internacionais do BC e a
tranquilidade no mercado de
câmbio verificada desde julho.
Banco deixa o país
O banco italiano IntesaBCI, que
controla o Sudameris na América
Latina, anunciou que vai encerrar
os negócios na Argentina até o final deste mês com a venda da filial
local do Sudameris.
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