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Intervenção de Bush nos portos
ajuda Bolsa de NY a fechar em alta
DA REDAÇÃO
Depois de quatro pregões consecutivos em queda, as Bolsas
norte-americanas fecharam em
alta ontem, graças à perspectiva
do fim na disputa trabalhista que
paralisa os portos da Costa Oeste
norte-americana há dez dias. O
locaute já afeta a produção de fábricas que dependem de componentes importados da Ásia.
O índice Dow Jones fechou em
alta de 1,06%. A Nasdaq ganhou
0,88%, e o índice Standard &
Poor's 500 subiu 1,41%.
Em julho, os 10,5 mil estivadores dos 29 portos da Costa Oeste
começaram a trabalhar em ritmo
lento ("operação tartaruga") para
forçar os empresários a aceitar
um novo contrato. Os administradores dos portos, em represália, iniciaram um locaute no final
do mês passado.
A disputa trabalhista, que tem
custo diário de US$ 2 bilhões à
economia do país, já começava a
resvalar no mercado financeiro.
Em meio a um período de instabilidade elevada, o presidente dos
EUA, George W. Bush, decidiu intervir no impasse.
"A paralisação está prejudicando toda a economia", afirmou
Bush. "Está prejudicando caminhoneiros e trens que transportam produtos e componentes. Está prejudicando produtores rurais, comerciantes e fábricas."
Advogados do governo vão pedir à Justiça que determine um
"armistício" de ao menos 30 dias,
para que os portos voltem a operar ainda nesta semana. O antigo
contrato de trabalho continuaria
valendo por esse período, e, enquanto isso, o sindicato dos estivadores e os administradores
portuários voltariam à mesa de
negociações.
"Qualquer progresso na disputa
será positivo para o mercado",
disse Bob Basel, corretor do banco Salomon Smith Barney.
Balanços positivos também deram uma injeção de ânimo às Bolsas. As ações da PepsiCo ganharam 15% depois de a empresa ter
divulgado um salto nos lucros. A
rival Coca-Cola subiu 4%.
O pronunciamento de Bush, anteontem à noite, sobre o Iraque,
deixou aberta a possibilidade para
uma solução negociada, sem a necessidade de uma intervenção militar. Com isso, cedeu o estresse
dos investidores em relação a
uma guerra no golfo Pérsico, que
poderia ser um fator de desestabilização da economia dos EUA.
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