São Paulo, quarta-feira, 09 de outubro de 2002

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Estoque alto põe em xeque os lançamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

Se no ano passado os lançamentos para o Natal perderam o fôlego por causa da crise energética, neste ano o grande problema serão os altos estoques.
Como o varejo carrega em média de 40 a 60 dias de estoque -pelas contas dos analistas e de grandes redes como a Lojas Cem-, haverá dificuldade para empurrar novos produtos para as prateleiras. Historicamente, neste período do ano as redes varejistas mantêm os centros de distribuição com estoque para 45 dias, em média, no máximo.
Como esse estoque é de itens antigos, as novas mercadorias ainda aparecem discretamente nas gôndolas. E há a expectativa de que o ritmo de lançamentos diminua neste ano.
"Eles [os fabricantes] podem até vir com produtos novos por aí, mas não sei se haverá espaço para muita coisa. Há lojas com estoque garantido até o final de novembro. Para o lançamento chegar ao consumidor, só mais tarde", diz Valdemir Colleone, da Lojas Cem.
Os estoques existem porque as vendas ainda patinam. Em setembro, as vendas a prazo caíram 11,8% em São Paulo e as vendas à vista tiveram queda de 9,5% em relação a agosto.


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