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Estoque alto põe em xeque os lançamentos
DA REPORTAGEM LOCAL
Se no ano passado os lançamentos para o Natal perderam o
fôlego por causa da crise energética, neste ano o grande problema
serão os altos estoques.
Como o varejo carrega em média de 40 a 60 dias de estoque
-pelas contas dos analistas e de
grandes redes como a Lojas
Cem-, haverá dificuldade para
empurrar novos produtos para as
prateleiras. Historicamente, neste
período do ano as redes varejistas
mantêm os centros de distribuição com estoque para 45 dias, em
média, no máximo.
Como esse estoque é de itens
antigos, as novas mercadorias
ainda aparecem discretamente
nas gôndolas. E há a expectativa
de que o ritmo de lançamentos diminua neste ano.
"Eles [os fabricantes] podem até
vir com produtos novos por aí,
mas não sei se haverá espaço para
muita coisa. Há lojas com estoque
garantido até o final de novembro. Para o lançamento chegar ao
consumidor, só mais tarde", diz
Valdemir Colleone, da Lojas Cem.
Os estoques existem porque as
vendas ainda patinam. Em setembro, as vendas a prazo caíram
11,8% em São Paulo e as vendas à
vista tiveram queda de 9,5% em
relação a agosto.
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