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Se o racionamento
acabar, folga é de 7%
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o governo decidisse agora
acabar com o racionamento, haveria sobra de 7% de eletricidade
no país. A avaliação é do diretor-executivo da Abrace (Associação
Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia),
Paulo Ludmer, para quem o Brasil de hoje é muito diferente daquele anterior a junho, quando teve início o corte obrigatório de
20% no consumo de eletricidade.
"As residências e as empresas se
adequaram a uma nova realidade.
Reduziram o número de lâmpadas e o consumo de suas máquinas. Esse processo é praticamente
irreversível", avalia Ludmer.
Isso significa que a folga que o
governo deu neste mês para o
consumo de energia, estabelecendo um racionamento de 12% ou
de 7% (no caso de capitais e cidades turísticas), não significará que
a população passará instantaneamente a consumir mais.
"Esse é um dos motivos da folga
de energia que teremos nos próximos anos. Além disso, teremos o
início das atividades de novas termelétricas e hidrelétricas", ressalta o diretor.
Atualmente, nos picos de consumo, a demanda no Brasil chega
a 52,5 mil MW. O próprio ONS
(Operador Nacional do Sistema),
responsável pelo gerenciamento
de toda a malha de geração, transmissão e distribuição de energia,
admite que existe folga de 10 mil
MW na oferta de eletricidade por
causa do racionamento.
(LV)
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