São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2001

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Se o racionamento acabar, folga é de 7%

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o governo decidisse agora acabar com o racionamento, haveria sobra de 7% de eletricidade no país. A avaliação é do diretor-executivo da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia), Paulo Ludmer, para quem o Brasil de hoje é muito diferente daquele anterior a junho, quando teve início o corte obrigatório de 20% no consumo de eletricidade.
"As residências e as empresas se adequaram a uma nova realidade. Reduziram o número de lâmpadas e o consumo de suas máquinas. Esse processo é praticamente irreversível", avalia Ludmer.
Isso significa que a folga que o governo deu neste mês para o consumo de energia, estabelecendo um racionamento de 12% ou de 7% (no caso de capitais e cidades turísticas), não significará que a população passará instantaneamente a consumir mais.
"Esse é um dos motivos da folga de energia que teremos nos próximos anos. Além disso, teremos o início das atividades de novas termelétricas e hidrelétricas", ressalta o diretor.
Atualmente, nos picos de consumo, a demanda no Brasil chega a 52,5 mil MW. O próprio ONS (Operador Nacional do Sistema), responsável pelo gerenciamento de toda a malha de geração, transmissão e distribuição de energia, admite que existe folga de 10 mil MW na oferta de eletricidade por causa do racionamento. (LV)


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