DA REPORTAGEM LOCAL

O setor energético amargou grande prejuízo neste ano. Levantamento da consultoria Tendências mostra que 28 empresas de energia elétrica, entre geradoras e distribuidoras, amargaram, somente no terceiro trimestre, prejuízo líquido total de R$ 768,7 milhões.
"Foi um péssimo ano. O motivo do mau desempenho das empresas não foi o racionamento, mas a desvalorização do real, que aumentou em muito as dívidas das empresas", afirma o presidente da Tendências, Einar Rivero.
O faturamento no período foi praticamente igual ao do terceiro trimestre de 2000: por volta de R$ 9,5 bilhões.
Isso devido à demanda de eletricidade dos consumidores e às compensações financeiras que o governo concedeu às companhias energéticas, como os recursos provenientes das multas cobradas sobre quem consumiu acima das metas estabelecidas pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica.
Já as dívidas das empresas saltaram dos R$ 33,5 bilhões de 2000 para R$ 43,6 bilhões. A margem líquida sobre o faturamento registrou queda de 25%.
Rivero, no entanto, prevê rápida recuperação no setor, devido à valorização do real nas últimas semanas.
Além disso, os reajustes de 30% para o preço da energia na ponta do consumo, previstos para 2002, favoreceriam a volta da lucratividade. (LV)



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