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MEMÓRIA
Banco e Fazenda fizeram defesa recente do projeto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci
Filho (Fazenda) e o presidente
do Banco Central, Henrique
Meirelles, têm defendido a autonomia operacional da instituição nos últimos meses.
No encontro do diretório nacional do PT em dezembro, Palocci, respondendo a uma pergunta do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre o assunto,
disse: "Vou ser mais insistente
com a autonomia do BC do que
você com o renda mínima
[projeto do senador]."
A Folha havia apurado naquele momento que o presidente do BC vinha demonstrando insatisfação com o fato
de assessores diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
fazerem pressões sobre a queda
das taxas de juros.
Em dezembro, o próprio ministro da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que as taxas sofreriam uma queda naquele mês.
O "anúncio" foi feito antes da
reunião mensal do BC sobre
política monetária.
Meirelles teria até participado de um encontro com ministros na Granja do Torto para
falar sobre a autonomia do BC.
Nessa reunião, o presidente do
BC teria dito que a autonomia
era necessária para dar mais
credibilidade ao país. Segundo
ele, a queda das taxas de juros
também seria mais rápida com
essa mudança.
A modificação mais imediata
da autonomia pretendida pela
equipe econômica é a fixação
de mandatos para os diretores
do BC, de preferência diferentes do mandato presidencial.
O projeto também estava
sendo discutido com o FMI
(Fundo Monetário Internacional). Ele não foi incluído nos
compromissos trimestrais com
o Fundo, mas foi mencionado
na renovação do acordo assinado pelo novo governo.
Procurada pela Folha, a assessoria do Ministério da Fazenda não ligou de volta. A assessoria do BC, por sua vez, informou que não iria se manifestar. Na última terça-feira,
em entrevista coletiva na sede
do BC, Meirelles disse que não
comentaria um assunto que,
segundo ele, deve ser tratado
pelo Congresso Nacional.
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