São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Rumo dos juros nas principais economias ainda gera desconforto no mercado; dólar recua 1,14%

Bolsa acumula perda de 7,5% na semana

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo não resistiu e amargou seu quarto pregão de queda. Na semana, a Bovespa registra perdas acumuladas de 7,46%.
O mercado acionário continua sofrendo com a preocupação dos investidores com o rumo das taxas de juros nas maiores economias do mundo. As Bolsas norte-americanas também fecharam em baixa ontem.
A decisão do BC japonês de por fim a sua política de combate à deflação (o que pode significar aumento de juros em breve) piorou o humor do mercado. No médio prazo, investidores japoneses poderiam se desfazer de títulos e ações de países como o Brasil para reaplicarem no seu país.
O índice Ibovespa, o principal da Bolsa paulista, recuou 2,62% no pregão de ontem.
A redução da taxa básica de juros da economia brasileira, de 17,25% para 16,50%, não teve impacto relevante na Bolsa -apesar de juros em queda sempre ser uma boa notícia para o mercado acionário.
Hoje os investidores irão avaliar os números referentes ao mercado de trabalho norte-americano, que dará uma idéia mais clara sobre o futuro que dos juros terão no país.
Se as taxas nos Estados Unidos e nas economias mais fortes do mundo seguirem em rota de alta, os investidores tendem a se desfazer de papéis de emergentes, que carregam maiores riscos.
No mercado de câmbio, o dólar acabou devolvendo parte da elevação dos dias anteriores. A moeda americana terminou vendida a R$ 2,161, em queda de 1,14%.
O Banco Central realizou apenas compra de dólares diretamente das instituições financeiras. O leilão de "swap cambial reverso" não aconteceu pelo segundo dia seguido.

Juros para baixo
Em um dia de forte movimentação, as taxas futuras de juros encerraram o pregão da BM&F em baixa.
Mais do que a decisão do BC de cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, o que chamou a atenção dos investidores foi o fato de três integrantes Copom (Comitê de Política Monetária) terem votado a favor de uma redução de um ponto percentual na taxa básica.
No contrato DI que vence na virada do ano, a taxa recuou de 15,29% para 15,20%.
(FABRICIO VIEIRA)


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