|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Rumo dos juros nas principais economias ainda gera desconforto no mercado; dólar recua 1,14%
Bolsa acumula perda de 7,5% na semana
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
não resistiu e amargou seu quarto
pregão de queda. Na semana, a
Bovespa registra perdas acumuladas de 7,46%.
O mercado acionário continua
sofrendo com a preocupação dos
investidores com o rumo das taxas de juros nas maiores economias do mundo. As Bolsas norte-americanas também fecharam
em baixa ontem.
A decisão do BC japonês de por
fim a sua política de combate à
deflação (o que pode significar
aumento de juros em breve) piorou o humor do mercado. No médio prazo, investidores japoneses
poderiam se desfazer de títulos e
ações de países como o Brasil para
reaplicarem no seu país.
O índice Ibovespa, o principal
da Bolsa paulista, recuou 2,62%
no pregão de ontem.
A redução da taxa básica de juros da economia brasileira, de
17,25% para 16,50%, não teve impacto relevante na Bolsa -apesar
de juros em queda sempre ser
uma boa notícia para o mercado
acionário.
Hoje os investidores irão avaliar
os números referentes ao mercado de trabalho norte-americano,
que dará uma idéia mais clara sobre o futuro que dos juros terão
no país.
Se as taxas nos Estados Unidos e
nas economias mais fortes do
mundo seguirem em rota de alta,
os investidores tendem a se desfazer de papéis de emergentes, que
carregam maiores riscos.
No mercado de câmbio, o dólar
acabou devolvendo parte da elevação dos dias anteriores. A moeda americana terminou vendida a
R$ 2,161, em queda de 1,14%.
O Banco Central realizou apenas compra de dólares diretamente das instituições financeiras. O leilão de "swap cambial reverso" não aconteceu pelo segundo dia seguido.
Juros para baixo
Em um dia de forte movimentação, as taxas futuras de juros encerraram o pregão da BM&F em
baixa.
Mais do que a decisão do BC de
cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, o que chamou a atenção
dos investidores foi o fato de três
integrantes Copom (Comitê de
Política Monetária) terem votado
a favor de uma redução de um
ponto percentual na taxa básica.
No contrato DI que vence na virada do ano, a taxa recuou de
15,29% para 15,20%.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Serviço Folha - IOB Thomson Próximo Texto: Bebidas: Illycaffè trará cafeteria especial para o Brasil Índice
|