São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 2006

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

CRÉDITO PARA CAFÉ
O Ministério da Agricultura solicitou à Fazenda crédito de R$ 178 milhões para as indústrias de torrefação comprarem café diretamente dos produtores. A compra ocorreria de abril a outubro. A Agricultura quer, ainda, R$ 1,4 bilhão para colheita e estocagem.

CONTRA A GRIPE
Na luta contra o tempo para se preparar contra o vírus da gripe aviária, testes de laboratório indicaram que a amantadina -classe mais antiga e menos cara de antivirais- é eficiente contra algumas cepas do vírus. As informações são da agência Bloomberg.

NA TRILHA EUROPÉIA
Devido ao aumento do preço da commodity na Europa, o mercado interno de celulose manteve a tendência de alta. O preço médio da tonelada de celulose subiu para R$ 641 neste mês, 5% a mais em relação ao valor de fevereiro, segundo o Cepea.

VÔO BAIXO
As incertezas do mercado continuam afetando os preços do frango. O quilo da ave viva recuou ontem para R$ 0,90 nas granjas paulistas, acumulando queda de 10% em apenas dois dias. Há um ano, as negociações eram feitas a R$ 1,20.

PREÇO SALGADO
Os chilenos pagam caro pela interrupção na compra de carnes do Brasil e da Argentina. Só sobrou carne da Nova Zelândia para eles. O problema é que o preço por lá chega a ser até US$ 1.000 maior do que o do produto brasileiro.

SEM SUBSTITUTOS
As opções de compra de carne bovina pelos chilenos ficaram restritas na América do Sul. Necessitam de 120 mil toneladas por ano, mas o Paraguai consegue fornecer apenas 25 mil. O Uruguai, devido ao acordo com os EUA, também tem pouco produto a oferecer.

CARNE BOVINA
Cresce exportação com valor agregado
Após obter a liderança mundial nas exportações de carnes, o Brasil quer maior valor agregado no produto. Os números deste ano já mostram evolução. No primeiro bimestre, as exportações de carne industrializada caíram 11% em volume, mas as receitas subiram 23%, segundo a Abiec (associação do setor). O Brasil exportou 102 mil toneladas de carne bovina industrializada de janeiro a fevereiro e obteve receita de US$ 110 milhões. Com as recentes medidas da Argentina de proibir as exportações, o cenário para o Brasil é favorável, diz Antônio Camardelli, da Abiec. "O horizonte é bom, mas o paciente continua doente", afirmou, referindo-se aos problemas com a aftosa e ao real valorizado.


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