São Paulo, Segunda-feira, 10 de Maio de 1999
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"Há preconceito contra cegos"

da Reportagem Local

O pernambucano Geons Didier Gaudino, 32, está desempregado há dois anos e, como outros tantos na mesma situação, não tem encontrado serviço.
Um detalhe, porém, torna o desemprego de Gaudino ainda mais difícil de ser superado: ele é cego.
Com o segundo grau completo, Gaudino já trabalhou como padeiro e auxiliar de radiologia em hospital, sua última ocupação. Nos últimos dois anos tem feito bicos para ajudar a pagar o aluguel de R$ 240 que divide com duas irmãs.
Há um ano, o orçamento ficou apertado porque uma delas perdeu o emprego.
"Como autônomo, eu não tenho ganho certo. Tem mês que eu faço menos que o salário mínimo", explicou Gaudino, justificando sua inscrição. Quando trabalhava como auxiliar de radiologia em hospital da rede pública de saúde, seu salário chegava a R$ 400.
"Mesmo tendo o colegial, minha situação é difícil.Tem muito preconceito contra os cegos", disse Gaudino. Para sua sorte, 5% das vagas das frentes de trabalho serão destinadas a portadores de alguma deficiência física. (ME)




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