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"Há preconceito contra cegos"
da Reportagem Local
O pernambucano Geons Didier
Gaudino, 32, está desempregado
há dois anos e, como outros tantos
na mesma situação, não tem encontrado serviço.
Um detalhe, porém, torna o desemprego de Gaudino ainda mais
difícil de ser superado: ele é cego.
Com o segundo grau completo,
Gaudino já trabalhou como padeiro e auxiliar de radiologia em hospital, sua última ocupação. Nos últimos dois anos tem feito bicos para ajudar a pagar o aluguel de R$
240 que divide com duas irmãs.
Há um ano, o orçamento ficou
apertado porque uma delas perdeu
o emprego.
"Como autônomo, eu não tenho
ganho certo. Tem mês que eu faço
menos que o salário mínimo", explicou Gaudino, justificando sua
inscrição. Quando trabalhava como auxiliar de radiologia em hospital da rede pública de saúde, seu
salário chegava a R$ 400.
"Mesmo tendo o colegial, minha
situação é difícil.Tem muito preconceito contra os cegos", disse
Gaudino. Para sua sorte, 5% das
vagas das frentes de trabalho serão
destinadas a portadores de alguma
deficiência física.
(ME)
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