São Paulo, Segunda-feira, 10 de Maio de 1999
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"Desde 94, vivo de autônomo"

da Reportagem Local

Sidney Clemente, 46, casado e pai de uma filha adolescente, viu seu padrão de vida despencar nos últimos quatro anos.
Em 94, trabalhava em uma grande construtora, a Camargo Corrêa, na área de cobrança de clientes. Foi o seu último emprego com carteira profissional assinada.
Ontem, estava na fila de inscrição para as frentes de trabalho, disposto a ganhar um salário mínimo mensal por seis meses.
"Tenho que tentar de tudo. Nunca fiquei desempregado assim,", afirmava Sidney.
"Trabalhei a vida inteira em empresas de construção civil. De 94 para cá, sobrevivi como autônomo de vendas. Nunca mais tive registro profissional", desabafou.
Tem sido difícil encontrar uma ocupação. A sua idade desfavorece. "Uma pessoa com mais de 30 anos já é considerada velha no mercado de trabalho", opinou.
As suas qualificações -segundo grau completo, mais cursos profissionalizantes de informática e contabilidade- se tornaram insuficientes para os empregadores. Para as frentes de trabalho, porém, ele é muito qualificado. (ME)




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