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"Desde 94, vivo de autônomo"
da Reportagem Local
Sidney Clemente, 46, casado e
pai de uma filha adolescente, viu
seu padrão de vida despencar nos
últimos quatro anos.
Em 94, trabalhava em uma grande construtora, a Camargo Corrêa,
na área de cobrança de clientes. Foi
o seu último emprego com carteira
profissional assinada.
Ontem, estava na fila de inscrição para as frentes de trabalho,
disposto a ganhar um salário mínimo mensal por seis meses.
"Tenho que tentar de tudo. Nunca fiquei desempregado assim,",
afirmava Sidney.
"Trabalhei a vida inteira em empresas de construção civil. De 94
para cá, sobrevivi como autônomo
de vendas. Nunca mais tive registro profissional", desabafou.
Tem sido difícil encontrar uma
ocupação. A sua idade desfavorece. "Uma pessoa com mais de 30
anos já é considerada velha no
mercado de trabalho", opinou.
As suas qualificações -segundo
grau completo, mais cursos profissionalizantes de informática e contabilidade- se tornaram insuficientes para os empregadores. Para as frentes de trabalho, porém,
ele é muito qualificado.
(ME)
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