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"Vejo filas, mas não emprego"
da Reportagem Local
Evaldo Carvalho da Silva, 34, é
pernambucano, perdeu o emprego
de ajudante de pedreiro em outubro passado na Bahia e decidiu arriscar a vida em São Paulo há dois
meses. Da rodoviária foi para as
ruas. Tudo que tem está em duas
bolsas, que carrega por onde vai.
Ele se cadastrou ontem no Programa de Incentivo ao Trabalho e
Requalificação Profissional, mas
não tem muitas chances de conseguir uma das dez mil vagas porque
não está há dois anos na cidade,
uma das exigências para os candidatos serem selecionados.
Se não conseguir mesmo a vaga,
vai sobreviver com R$ 250,00 por
mês. Ele consegue o dinheiro vendendo latas e tomando conta de
carros à noite.
Quando viu a fila para se cadastrar anteontem, de uma calçada
onde tinha dormido, reclamou.
"Vejo filas, mas não vejo ninguém conseguir emprego", disse.
Mesmo assim, Evaldo resolveu se
cadastrar e passou a noite no quarto lugar da fila. Para receber uma
resposta do cadastramento que
fez, ele deu o endereço de um albergue onde também disputa uma
vaga.
(JCS)
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