São Paulo, Segunda-feira, 10 de Maio de 1999
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"A gente deve ter esperança"

da Reportagem Local

""A gente deve ter esperança, não é? Tenho três filhos, de 21, 18 e 13 anos para criar e todos eles estão desempregados, assim como o meu marido, que não encontra trabalho faz tempo."
Sem lamentar a sorte, Adelita Miranda de Carvalho, 45, saiu de Guaianazes e pegou dois ônibus e o metrô para fazer a sua inscrição no domingo pela manhã. ""O Dia das Mães vai me trazer um pouco de sorte", ela confia.
Adelita trabalhou a vida inteira como encarregada de serviços gerais. ""Quando tinha emprego eu ganhava cerca de R$ 300 ao mês."
Está há quatro anos desempregada. Vive agora de bicos. ""Vendo roupas de porta em porta."
Baiana, Adelita chegou criança a São Paulo. ""Não consigo entender. Houve um tempo no qual era mais fácil encontrar um emprego na cidade."
Pior: o marido de Adelita, Ademir Aparecido de Carvalho, fiscal de ônibus, também está sem trabalhar há dois anos.
""O que aparecer de serviço a gente pega, mas sem desespero, porque eu sempre tenho esperança. Afinal, eu sou mãe." (SN)




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