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"A gente deve ter esperança"
da Reportagem Local
""A gente deve ter esperança, não
é? Tenho três filhos, de 21, 18 e 13
anos para criar e todos eles estão
desempregados, assim como o
meu marido, que não encontra trabalho faz tempo."
Sem lamentar a sorte, Adelita
Miranda de Carvalho, 45, saiu de
Guaianazes e pegou dois ônibus e
o metrô para fazer a sua inscrição
no domingo pela manhã. ""O Dia
das Mães vai me trazer um pouco
de sorte", ela confia.
Adelita trabalhou a vida inteira
como encarregada de serviços gerais. ""Quando tinha emprego eu
ganhava cerca de R$ 300 ao mês."
Está há quatro anos desempregada. Vive agora de bicos. ""Vendo
roupas de porta em porta."
Baiana, Adelita chegou criança a
São Paulo. ""Não consigo entender.
Houve um tempo no qual era mais
fácil encontrar um emprego na cidade."
Pior: o marido de Adelita, Ademir Aparecido de Carvalho, fiscal
de ônibus, também está sem trabalhar há dois anos.
""O que aparecer de serviço a gente pega, mas sem desespero, porque eu sempre tenho esperança.
Afinal, eu sou mãe."
(SN)
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