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EXPURGOS
Correção está sendo paga para quem tem até R$ 1.000 para receber
FGTS injeta R$ 1,4 bi na economia
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O pagamento das perdas do
FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) provocadas
pelos planos econômicos Verão e
Collor 1 injetou R$ 1,460 bilhão na
economia em menos de um mês.
Desde o dia 11 de junho, os trabalhadores com direito ao saque
da correção até R$ 1.000 começaram a receber o dinheiro. A retirada só vale para os trabalhadores
que já sacaram o saldo do FGTS à
época dos planos econômicos.
Para o restante das pessoas, o
dinheiro foi depositado em uma
conta especial do Fundo, e o saque seguirá as regras normais para retirada: demissão sem justa
causa, aposentadoria, compra da
casa própria, doença grave como
Aids e câncer, entre outras possibilidades.
A estimativa inicial do governo
é que até o final dessa fase -pagamento para quem tem correção
até R$ 1.000-, cerca de R$ 3 bilhões cheguem às mãos dos trabalhadores, contribuindo para movimentar a economia.
Segundo dados da Caixa Econômica Federal, os titulares de 23,5
milhões de contas do FGTS sacaram a correção até o último dia 5,
o que corresponde ao R$ 1,4 bilhão.
Desse total, R$ 1,211 bilhão foi
depositado direto na conta corrente dos trabalhadores. Ao todo,
a Caixa realizou 21,4 milhões de
créditos nas contas bancárias dos
titulares.
Os pagamentos em contracheque totalizaram R$ 9,565 milhões,
beneficiando os titulares de 107
mil contas do FGTS. Essa modalidade de pagamento foi permitida
para os funcionários de empresas
que assinaram convênio com a
Caixa.
Para 1,993 milhão de contas, o
pagamento foi feito em pontos de
atendimento da Caixa Econômica
Federal. Os saques em guichê somaram R$ 240,3 milhões. Até
agora, esse tipo de retirada contemplou trabalhadores nascidos
entre janeiro e junho.
Os trabalhadores com data de
nascimento entre julho e setembro só poderão retirar o dinheiro
a partir de amanhã. O calendário
de saque para titulares do FGTS
nascidos entre outubro e dezembro começa no dia 17 (quarta-feira da próxima semana).
Para ter direito à correção do
FGTS (saque ou crédito), o trabalhador precisa aderir ao acordo
do governo com as regras para o
pagamento. O último balanço da
Caixa mostra que 22,1 milhões de
pessoas assinaram o termo de
adesão. Isso equivale a 55,2 milhões de contas do FGTS.
Termo de adesão
Os trabalhadores que não têm
ação na Justiça reivindicando as
perdas do FGTS deverão assinar o
formulário de adesão branco. Para os que têm processo judicial, o
formulário a ser assinado é o azul.
A Caixa ainda não definiu a data
de início da próxima etapa da correção das contas do Fundo. Na segunda fase, receberão os trabalhadores com direito a crédito entre
R$ 1.000 e R$ 2.000.
O pagamento será feito em duas
parcelas. A primeira, equivalente
a R$ 1.000, será creditada ainda
neste mês pelo governo. A Caixa
ainda não sabe o dia em que o pagamento começará.
A definição depende da evolução dos pagamentos relativos à
primeira fase da correção. A segunda parcela (valor que exceder
os R$ 1.000) será paga em janeiro
do ano que vem.
Para evitar tumulto, a Caixa orienta os trabalhadores a não
procurarem os postos de atendimento nos primeiros dias do cronograma de saques. Segundo a instituição, o pagamento é garantido, não havendo necessidade de
corrida aos locais de saque.
Tem direito à correção dos expurgos os trabalhadores que tinham contas ativas ou inativas em 1º de dezembro de 1988 e em 2 de abril de 1990.
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