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MERCADO FINANCEIRO
C-Bonds encerraram dia vendidos a US$ 0,6150; turbulências fazem a Turquia ser a "bola da vez"
Taxa de risco-país do Brasil recua 4,5%
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores deram uma trégua aos papéis da dívida brasileira
negociados no mercado internacional. Isso levou o risco-país brasileiro recuar ontem. Dentre os
emergentes, a Turquia voltou a
estar na linha de fogo dos investidores. Enquanto o risco-país
-índice que aponta o grau de
desconfiança dos investidores em
relação a um governo honrar suas
dívidas- do Brasil fechou com
queda de 4,5%, a 1.611 pontos, o
da Turquia subiu mais 3,4% e encerrou o dia em 1.075 pontos. Na
segunda-feira, o risco-país da
Turquia disparou mais de 10%.
A turbulenta situação política
da Turquia, marcada pela renúncia de ministros no fim de semana, aumentou o pessimismo do
mercado em relação ao país.
Na avaliação de analistas, isso
pode ser positivo para os ativos
brasileiros, que têm sido muito
castigados nas últimas semanas.
A valorização de 3,8% dos C-Bonds, títulos da dívida brasileira,
que encerraram vendidos a US$
0,6150, ajudou a fazer o risco-país
do Brasil se distanciar do da Nigéria (1.998 pontos), o segundo
maior do mundo, atrás apenas do
da Argentina (6.866 pontos).
O mercado de câmbio foi marcado pela ausência de negócios
em São Paulo, parado pelo feriado da Revolução Constitucionalista de 32. O dólar oscilou pouco
em um dia de baixo giro e a moeda dos EUA fechou a R$ 2,854,
com pequena baixa de 0,31%.
O Banco Central preferiu suspender a venda de dólares prevista para ontem. Desde a semana
passada, o BC voltou a intervir
diariamente no câmbio, como
forma de melhorar a liquidez e
tentar conter a escalada da moeda
norte-americana. Neste mês, o BC
irá vender US$ 1,5 bilhão. Na semana passada foram vendidos
US$ 600 bilhões. Na última segunda, a venda diária passou a ser
de US$ 50 milhões. O BC informou que os US$ 50 milhões que
deveriam ter sido vendidos ontem serão colocados no mercado
ao longo das próximas semanas.
Operadores afirmam que o volume de dólares negociado no
mercado interbancário não chegou a alcançar os US$ 150 milhões. Normalmente, a média diária supera US$ 1 bilhão.
O mercado hoje deve ser marcado pela divulgação de novas pesquisas eleitorais, que apontariam
queda de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). (FABRICIO VIEIRA)
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