São Paulo, sábado, 10 de julho de 2004

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OUTRO LADO

Calmon de Sá diz que vai recorrer da condenação

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Um dia após ser condenado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá disse ontem que vai recorrer da decisão imposta pela entidade, no julgamento do inquérito administrativo que apura eventuais irregularidades na gestão do antigo Banco Econômico.
Calmon de Sá pegou a pena máxima -não poderá exercer cargo em companhia aberta por 20 anos.
O ex-banqueiro disse que vai recorrer ao Conselho de Recurso do Sistema Financeiro Nacional. "Devo admitir que não esperava por uma punição como a que foi aplicada a mim. É claro que vou recorrer."
O ex-banqueiro disse que não entende por que a CVM entrou no "caso Banco Econômico", quase dez anos após a intervenção na instituição.
"É evidente que a CVM tem todo o direito de também querer investigar, embora o processo já esteja tão avançado na esfera do Banco Central, praticamente em fase final. Já não existem mais inquéritos no Ministério Público ou na Polícia Federal, já fui absolvido em alguns processos. Outros [processos] foram arquivados. Realmente, não entendo a razão de uma retomada no processo investigativo", disse.
Calmon de Sá disse que não está preocupado com o desgaste. "Quem já enfrentou tanto desgaste nos últimos anos não vai ficar muito preocupado. Um ano a mais, um ano a menos, não chega a preocupar tanto." Mas o ex-banqueiro disse que não gostaria de ver o extinto Econômico exposto novamente na mídia. "É remexer em um passado difícil."


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