São Paulo, sábado, 10 de agosto de 2002

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Veja as íntegras das notas

"Banco Mundial aumenta apoio ao Brasil

Após discussões com as autoridades brasileiras hoje [ontem", o Banco Mundial confirmou seu forte apoio às sadias políticas econômicas do Brasil, que têm distribuído impressionante progresso social e econômico na última década.
"As reformas estrutural e social implementadas no Brasil ao longo dos últimos anos formaram uma base sólida para o crescimento econômico, desenvolvimento sustentável e redução da pobreza", disse David de Ferranti, vice-presidente do Banco Mundial para América Latina e Caribe.
O Banco Mundial conhece as dificuldades que o país está enfrentando e observou a efetiva responsabilidade do governo diante da volatilidade dos mercados financeiros.
O banco está pronto para continuar dando apoio às políticas do Brasil e trabalhar com o governo para concordar uma estrutura para avançar em sua agenda de reformas.
Dentro dessa estrutura, o Banco pôde recomendar à diretoria da instituição um aumento do atual programa em US$ 2 bilhões acima do que está incluso no existente programa de três anos de assistência ao país.
Isso pode elevar o empréstimo do banco para o Brasil para US$ 4,5 bilhões até dezembro de 2003.
A assistência do banco é parte de um pacote de suporte internacional do qual fazem parte o Fundo Monetário Internacional, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e outros parceiros.
No início desta semana, o FMI alcançou um acordo de um programa que agora aguarda a aprovação final do comitê de diretores-executivos da instituição.
O aumento do apoio do Banco Mundial é baseado em um acordo com o governo que inclui políticas de reforma em diversas áreas, além do suporte à nova administração ou ao novo presidente eleito para políticas e reformas que vão manter o Brasil no caminho da estabilidade e do crescimento.
As áreas específicas que foram consideradas para o aumento do suporte financeiro e de investimentos são: políticas fiscais, incluindo consolidação da responsabilidade fiscal, segurança social e reforma tributária; desenvolvimento humano, incluindo consolidação e alargamento das recentes conquistas na educação, saúde e proteção social; gerenciamento ambiental, incluindo melhora e reforço das políticas ambientais e do sistema de aplicação dessas políticas; setor financeiro, incluindo institucionalização da responsabilidade monetária e da segurança do sistema bancário; reformas regulatórias para melhorar o clima de sustentação para o crescimento dos investimento e das exportações.
"O suporte da comunidade internacional é importante para restabelecer a confiança nos mercados financeiros e para ajudar o Brasil a continuar obtendo progressos sociais e econômicos, e o Banco Mundial está pronto para tomar parte nisso", disse David de Ferranti."

"BID saúda acordo alcançado pelo Brasil com FMI e anuncia apoio adicional
Em resposta ao acordo alcançado pelo Brasil com o Fundo Monetário Internacional, o presidente do BID, Enrique V. Iglesias, divulgou a seguinte declaração:
"Saúdo com satisfação o acordo alcançado pelo governo brasileiro com o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Hoerst Köhler, que reafirma a solidez da economia brasileira e a boa gestão da política econômica.
Esse acordo representa uma inovação num momento de transição política em democracia e contribui para a estabilidade macroeconômica que permitirá o crescimento da economia brasileira de maneira sustentada.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento, que nesta semana reuniu-se com autoridades brasileiras, continuará apoiando o Brasil.
No próximo ano, apresentará à diretoria um programa de operações para o país de cerca de US$ 1,5 bilhão, assim como uma participação adicional de US$ 1 bilhão em empréstimos de desembolso rápido, destinados especialmente aos setores sociais"."



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